Monday, June 21, 2010

Ah o tempo vai dizer sem eu ao menos perguntar.
Leveza... Leveza. Bater as asas e voar.
Acreditar na ordem da vida.
Passado, presente e futuro.
Fruto do que se criar.
Tem escolhas que sim, tem destinos que não.
Ter bastante cuidado no que se diz
Com medo do triz, tem-se que arrodear.
Cafezinho, a rede na varanda, a música que faz sentido.
Os amigos que consolam, a família é a mesma que tem sido
E a gente, que nem sabe bem o que é
Mas sabe aonde quer chegar.
São mil perguntas na cabeça
Algumas respostas do lado de fora
Mas as saídas, presas no lado de dentro.
A gente acorda e se renova.
Amanhã, é uma palavra de peso.
E a palavra pesada, sequer retorna.
É melhor tentar ir vivendo
Do que conseguir ir existindo
O domingo existe, e a Segunda nem é um mal-estar.
Sobre eu contar da minha vida...
Tive uns amores, umas dores e uns dias
Eu prestava atenção aonde doía
Mas a distração é o melhor lugar.
Ali bem diante do talvez
Tem certezas que vão sempre estar lá.
E eu vou me questionar se faria tudo de novo
Por mim, pelas mesmas pessoas, pelos mesmos motivos...
Se rio, se choro, se terra, se mar.
Ah o tempo vai dizer sem eu ao menos perguntar.


Kate Polladsky

Wednesday, June 02, 2010

A vida era mais calma quando tinha um segredo.
Interromper o silêncio fez acordar um mundo pesado demais.
Flutuar em pensamentos com uma leveza suspeita, mas livre.
E é somente verdade que dentro de mim as coisas estão claras demais.
Infelizmente, a mesma água que deixa transparecer e limpar a verdade
é a água que afoga e inunda algúem já cansado de explicar sobre a grandeza que é amar e se incompreendido. Em mares como esse, não existem embarcações que salvam. Mas somente ondas, que derrubam, arrastam e te levam de volta para beira.
Até assim preciso enxergar não como um retrocesso de vida. Mas como um recomeço...
O amor que tanto causa, voltará mil vezes. E mil vezes inundará...



Kate Polladsky