Wednesday, December 30, 2009

Eu tenho medo dessa mentira.
Desse jeito de se expor.
Tenho medo desse jogo de personalidade.
E da impessoalidade do nosso amor.

Eu tenho medo do que dizer.
E se não digo, temo que traio.
Tenho medo de estar contigo.
Contido no mesmo estrago.

Eu tenho medo de pensar sobre.
Sobrepor o incerto na realidade.
Medo de quando não vivia
E de não saber até quando viveremos assim
Beirando o fim, e nós pela metade.

Eu tenho medo da sua vez.
Desse talvez que nunca nos situa.
Medo de que também não te entendam
Que a felicidade poderia ser pra todos
Não fosse inaceitável e incompatível.
Embora a vida seja sua.

Eu tenho medo das expecativas
Os sonhos que depositam em nós
E que não nos vejam mais como antes
Sinto que estamos a cada dia mais sós.
Medo de te perder, de desistir.
Mas de continuar e se extinguir.

Eu tenho medo dessa angústia.
Da falta de chão e apoio.
Ir de contra à família
Decepcionar quem nos acolhe
Sentir-se de lado e sem saída.
Medo dessa escolha que nos escolhe.

Eu tenho medo de como estamos
E dos nossos planos pra amanhã
Tenho medo de não me encontrar
Até lá ter perdido demais
Medo da falsidade e intolerância
Pelo que sentimos e somos.
Tão sinceramente nos damos.
Tão injustamente os danos.

Eu tenho medo de mim
Metade apática e resistente
Insegura pendurada no que seja
Quem te vê otimista, articulada e independente.
Conquista nosso espaço que se desfaz
E me completa sempre mais
Ainda que lentamente me deixo levar
E levo a vida sem muito gosto nem gestos
Apenas amarga menos pensar que ficará tudo bem
Porque já não consigo dormir sem te ouvir dizer
'Eu te amo'.
E já não penso em outro alguém
Para quem eu responderia sem medidas
'Eu te amo também'.



Kate Polladsky

Saturday, December 26, 2009

Pega a minha mão e me guia pelo asfalto, a estrada que sempre nos levou além.
Tem todos os gostos, gestos e cantos. Conto que o melhor de tudo ainda vem.
Pisca para mim e me desorienta, tem gente que não viu o que você quer me mostrar.
Mesmo inseguro agarro firme e me perco. Tem encontros que terminam sem nem começar.
E o silêncio alcança teus sentidos, sente entre os dedos escorregar o peso do ar.
Respira fundo e não pensa, não se prende, não deixa que te falte nada para tentar.
Pausa para algum cansaço, segue estreito a distância entre nós.
Usa dos artifícios mais quentes, tantos quantos poderiam esfriar.
Pousa sobre o colo e dorme, a derme macia que ninguém mais terá.


KP

Saturday, December 19, 2009

Errar é útil
Sofrer é chato
Chorar é triste
Sorrir é rápido
Não ver é fácil
Trair é tátil
Olhar é móvel
Falar é mágico
Calar é tático
Desfazer é árduo
Esperar é sábio
Refazer é ótimo
Amar é profundo
E nele sempre cabem de vez
Todos os verbos do mundo
Abraçar é quente
Beijar é chama
Pensar é ser humano
Fantasiar também
Nascer é dar partida
Viver é ser alguém
Saudade é despedida
Morrer um dia vem
Mas amar é profundo
E nele sempre cabem de vez
Todos os verbos do mundo.




Z.D

Thursday, December 10, 2009

Pôr meus sentimentos em você
Ora como poente, ora como doente de amor.
Posteriormente a tudo que me completava
Você me faz planta
No sufoco respira, cresce e se alastra
Minha felicidade daninha
Danar-se no mundo contigo na mala
E não voltar a este ponto
De partida pra sempre
Amor de verdade e de conto-de-fada.

Pôr meus sentimentos em você
Como você os sente e os centra
Tudo para uma só pessoa
Não mais só, mas tão somente sua.
Livrar-se do porém
Pelo motivo que nos cerca e nos separa
Nos vem servido de desdém e também
De vazio e de nada
Que justifique tanto
O tanto que a gente guarda
E protege pra não levar-se embora
Brotando uma ferida que nunca sara
De saudade sem dia de volta
De revolta pelos votos que fiz
Que me fez e a falta
Que se faz
Por meus sentimentos
Ficarei mais
Simples e complicado
Como quando se acerta na escolha
E a escolha te faz errado
Beirando fim de começo
Meio do fim e passando
Longe de ti mas também ao lado
Tentando tocar em frente
Sem toque de pele ou de campainha
Em toque de retirada que nos tira de linha
E nos costura ou embaraça
Vai tecer com nós
Sobre todos os trizes
E dores atrozes

Pôr meus sentimentos em você
Ora como posso, ora como peço.
E você dando todos os passos de volta
Sem cair onde eu tropeço
Chegando onde escureço
E tomando o seu lugar
Ao sol, o meu inverno.
Me esquenta e recomeça
Já não passo mais os dias
Longe de quem não devo estar.



KP

Saturday, November 28, 2009

Eu dormia e acordava com suas mensagens todos os dias.
"You have 0 messages in your mailbox".
Gastava tempo e dinheiro fazendo as mesmas coisas que você fazia.
I got money in my pocket and a lot of time on my own.
Me divertia com meus amigos, com seus amigos, com gente que nunca vi na vida.
I work all day, go back home, sleep and wake up early for another tiring day.
Ria com suas piadas, seus comentários, seu jeito.
Now I laugh at mistyped words and my two work mates dealing with clients and boss.
Comia fora com você àquelas comidas deliciosas, nada saudáveis.
Lost the appetite. But I eat, and keep my vital signs.
Os planos pro dia seguinte, pra semana seguinte, pro reveillon, pro carnaval.
The ordinary plans I always had, that are maybe happening. In a million years from now.
As palavras carinhosas, os apelidos, os mimos, as gentilezas.
You post "It's over for me."
As músicas, os lugares, o cheiro, os amigos em comum.
Even the least and stupid thing reminds me of you.
As nossas conversas sem fim, os presentes, os encontros.
I count the days to meet you again. Dreaming I won't lose you before it.
As nossas DRs até o amanhecer.
Never made a difference, when it all means I Love you.
O seu beijo, o seu abraço, a sua mão debaixo da mesa, você se encolhendo pra dormir.
There's a void in my heart. I'm falling apart without you.


Kate Polladsky

Wednesday, November 25, 2009

Be calm, and don't be cold.
Please don't be gone...
Give us a little heaven in hell
Be sure that I'm doing my best
Our falling into pieces won't last
You're my only confort in love
And love, please survive through my words
You're so much better than those
I ain't gonna wait 'til you dream
To hold your hand or make a stand
Let go the lows and this pain
All we've been so far is not in vain
Don't misunderstand what I mean
You're the one my hopes live for
We could make it as good as before
Though now it feels as hard as it seems
But there is one thing I have to deal with
That keeps me down and I can't breathe
There is nothing I can do to fix us and see it brand new
But let's take a time
Though nothing in me denies

How much I love you.


KP

Tuesday, November 24, 2009

Totalmente impotente quando o significado sobrepõe-se à significância.
E o meu mundo que pesa tanto nesse mundo, hoje está completamente fora de órbita.


Kate Polladsky
O que digo não condiz com o que penso não condiz com o que sinto não condiz com o que tento não condiz com o que quero não condiz com o que vivo não condiz com o que sou.




Kate Polladsky

Friday, November 20, 2009

É, o ridículo da vida é a própria vida.
A vida não se explica.
Tudo que existe é pra um dia não ser mais.
A gente que enfeita o fim com reticências
Mas eu já tou vendo reticencias como três pontos finais.


Kate Polladsky
Eu sinto dor, sinto vontade de chorar; mas depois de tantas as lágrimas já nem descem mais.
Não consigo evitar que sofram mas ninguém me vê sofrendo.
Tem hora que tenho vontade de rir.
De jogar tudo pro ar, que não tem nada demais no que tá acontecendo.
Coisa de gente doida.
Deve ser o desespero.
A minha ficha não caiu.


KP

Thursday, October 29, 2009

Felicidade não está no homem.
Felicidade não está em Deus.
Felicidade não está no corpo.
Felicidade não está na mulher.
Felicidade não está no sexo.
Felicidade não está em casa.
Felicidade não está no mundo.
Felicidade não está numa caixinha de surpresa.
Felicidade não está detrás do muro.
Felicidade não está na paz.
Felicidade não está no dinheiro.
Felicidade não está na beleza.
Felicidade não está na palavra.
Felicidade não está no amor.
Felicidade não está com nada.
Felicidade É tudo.
Tudo que parecer pouco.
Tudo que for demais.
Tudo que nada for.
Tudo que foi.
Tudo que há de ser.
Felicidade é.
Felicidade.


Kate Polladsky
Não sei o que você significa
Não sei o quanto significa
Amores são cheios de significados
E de coisas insignificantes
Não sei o que há de tão completo em você
Que me complementa
Se é a sua presença
Ou a sua ausência
As afinidades que não convergem
Se compensam em diferenças
Que acrescentam
Intrigas que nos tiram do eixo
E nos tocam
O amor vai cegando
A medida em que enxergamos
Defeitos que só aumentam
Mas sem lamentos
Eu pelo menos
Te amo tanto.


KP

Monday, October 26, 2009

Hate to say.
I love to say I love you.
Hate today.
The day I made my way to leave you.
Love to make.
All the leaves free me through the window.
Make me babe.
Say that you love today
That I mean your freedom.



KP

Sunday, October 18, 2009

Não é suficiente.
Rimar palavras sobre a gente.
Eu não tenho tido argumentos.
Nem maneiras, nem todas as coisas
Que me fazem conseguir um poema.
Quando começo nunca termino
E o término é algo que não me interessa
Estou querendo começar tudo de novo
Muitos começos diferentes.
Entre nós, poucas diferenças.
Mas eu tenho sido feliz
Mais do que tenho estado feliz.
Tão ridiculamente.
Não sei se eu sinto o que você sente
Tão genuinamente.
Não dá. Está me saindo piegas esse poema.
Não é suficiente.
Rimar palavras sobre a gente.



Kate Polladsky

Tuesday, September 29, 2009

No matter where your eyes see me
You're the place that remains.
Though others will hear my whispering words
It is you the silence in me that feels right and true.
Yes, my lips may rest upon other lips
And still the memory of you will come through
every confusing feeling.
I'll always look at you and hope you're never gone
Never another home but me.


Kate Polladsky.

Monday, September 28, 2009

E esta é a melhor fase.
A fase das frases que sempre quis ouvir.


KP

Saturday, September 26, 2009

Pois quando finalmente um novo amor chegar,
Ainda não será tarde demais pra esperar.
Diga-lhe que faz bem não se jogar assim tão de repente.
O amor que vá na frente.
Que é pra lhe anunciar.



KP

Thursday, September 24, 2009

Mais um sonhador?
Vá passando.
Tal como o tempo.
As vontades.
As folhas verdes que vão secando.
Os anos, anéis, os nomes, os homens.
Mais um sonhador?
Vai sonhando...



KP

Saturday, September 19, 2009

Nem se eu esperasse tanto

Tanta coisa fora do lugar

Nem se eu te dissesse o quanto

Faltaria tanto pra chegar

Tem pesares que não valem nada

E passados que demoram a passar

As coisas que falei pra ti na sala

Não selaram o nosso bem-estar

Nem se eu segurasse o mundo

Ou as horas raras que viveu

Todas as melhores coisas

Passageiras que você me deu

Umas que dispensam até palavras

Calei parte e sei que entendeu

Muda o rumo das passadas

E chega em algo que é meu e seu



Kate Polladsky


Regras para dizer que as cumpri e as quebrei.
Amor para ter um porquê e um porém.
Palavras para dizer que as ouvi e as falei.
Incertezas para dizer que te tentei e consegui.
Destino para ter do que desviar e dar no mesmo.
Fé para sempre e a todo tempo.
Amigos para ter a quem contar e com quem contar.
Autoconfiança para fazer acontecer.
Dinheiro para os loucos.
Loucura para os vivos.
Deus para ter a quem agradecer.
Família para ter pra quem voltar.
Caminho para ter por onde ir.
Sexo pela liberdade de sair de si.
Música pela companhia.
Confiança para ser merecedor.
Gentileza para ser lembrado.
Humano para ser nobre.
Inteligência para ser útil.
Excesso para conhecer os limites.
Grandeza para caber nas coisas mais simples.
Vida para seguir adiante.
Tempo para conhecer.
Amanhã para ter continuação.


KP

Thursday, September 17, 2009

O que me esquenta é a frieza com que você anuncia o seu amor. Indiferente aos meus sinais, à minha sina e meus sabores, você me olha torto e sem marcas de dores passadas, conte-me mais sobre, porque de ti eu não sei nada. Apenas as coisas que transpassas sem muita transparência, eu me indago, me engasgo nas palavras e não falaria o que quer que seja pra te conquistar. O que me intriga é a ferida que não me rasgas. Te vejo tão igual à outra gente, mas diferente pois não me maltrata mostrando ser quem não é ou ter o que não tem. Por bem, você é o porém que me tinha de aparecer.


Kate Polladsky

Monday, September 14, 2009

Aonde se instala melhor o céu, é no seu quarto?
Aonde se encaixa melhor o anel, é no seu dedo?
Aonde se encontra melhor a minha vida, é do teu lado?




Kate Polladsky

Friday, September 11, 2009

I still think about you
I still smell like your perfume
I still wanna feel it easy by you
I still let you go, but I still miss you
I still tell everyone about you
I still behave as if we were never apart
I still have my doubts, but I'm a hundred percent sure
I still go away but I always go back to the same point
I still avoid even if I do want it so
I still renew my old plans with you
I still live the same feelings
I still get hurt to go through the same healing
I still belong to the same obvious love that I ever did.



Kate Polladsky

Tuesday, September 08, 2009

And then I fell asleep on your lap.
The road wasn't long, but seemed infinite like the song
That played me away, with your fingers through my hair.
You were my minute in heaven, as I could never dream of.
All those good times, it wouldn't be better without you there.
I could loose my eyes on you for a day and take it back.
Knowing that all I could ask for was my heart to hold on.
And let me simply sleep on your lap...




KP

Tuesday, September 01, 2009

De agora em diante as coisas serão mais simples.
Tentarei.
Porque as coincidências, elas demoram demais.
- Eu estou apaixonada por você.
- Eu também.




Kate Polladsky

Tuesday, August 25, 2009

Enquanto o mundo se divertia e ía à loucura
O meu mundo parava lentamente e buscava chão
Olhei pra toda aquela gente distraída e sem noção
Eu não estava ali e aquilo era só um momento.
Sei que não pertenço mais a esse impulso
Não me completa, não me convence.
Existe uma tranquilidade que me busca agora
E uma vontade que me atenta
Não encontrei o que procurava nessa caminhada
Mas recebi resposta pro que me perguntava
O que senti não foi fábula nem um repente
Por hora se perde ou pouco denomina
Nisso tudo uma coisa foi verdade
O excesso de afetividade contamina
Mas é preciso saber a hora de retroceder
É importante sair, conhecer o que há lá fora
Mas é melhor ainda ter pra onde voltar
Escolhas boas são escolhas que trazem felicidade
Quando se segue ou quando se volta
Mas diante do vazio em que estive
Tive a experiência de assim ter sido
E também a vontade de jamais ter ido,
Pois de quase nada adiantou.
Certos lugares me levaram a certas pessoas
Assim como certas pessoas me levaram a certos lugares
Independente de que sejam lugares certos, incertos e pessoas certas ou não
O melhor lugar em que estive, foi dentro de mim
Onde eu precisava estar pra entender que há muito
mais chances de que eu encontre a mim mesma
no mundo do qual ainda não desisti.



Kate Polladsky

Sunday, August 23, 2009

Eu teria bebido mais, bem mais.
Mas não é por aí.
Eu teria me retirado ao banheiro por mais tempo.
E teria ficado naquela distração de alma e de momento
talvez para todo o sempre.
Longe, eu amava sem limites.
E tinha tudo o que sonhava, porque era sonho e mais nada.
Quando encontro, não sei o que vejo nem o que sinto.
Sei apenas que não é nada daquilo sonhado.
Era um ser perfeito, mas não era iluminado.
Eu teria observado direito.
Queria encontrar você em mim durantes aquelas horas.
Mas foi tão vazio, e doeu tanto.
Eu só queria ter ido embora.
Eu teria fumado todos os cigarros.
Mas a carteira estava vazia e não eram meus.
Eu teria me matado um pouquinho com cada coisa
Pra te arrancar de mim ou trocar mentira por verdade
Mas não é assim.
Não consigo olhar na cara, contudo não consigo não olhar
Contigo nada do que sou funciona
E eu não quero mais pensar
Já se foram muitas tentativas, muitos traços, muitos riscos
E tudo o que tive foi um pouco, um pouquinho, ou menos ainda.
Depois de poucas conversas e muitas indagações
O meu coração foi acordado a tapas e socos
Eu te olhei de longe, sempre de longe
E pra tudo o que havia ao seu redor eu poderia ter dito que desisto
Mas o que eu sentia por você foi se quebrando em pedaços
E chegando até os outros, eu conquistei todos. E todos me conquistaram.
Eu poderia ter me perdido mais, bem mais.
Isso foi há um dia atrás.
Já é tempo de esquecer.




Kate Polladsky
Good bye disco.
Rays, colours, noise, freaks, dance.
The night and the weaks.
Anestesy and headache.
The thoughts and the hearthache.
Kids move as fast as my world stops.
And I can't feel my steps into that lot.
Bodies, buddies and bunnies.
They all know who they are.
Oh they are everything they want for a night.
Life is not dark all the week along
Waiting for another Saturday light
I don't know what for.
If tomorrow wakes up outside that door.
He grabs me but it's not my kiss.
She stares at me but it's not my bliss.
The roof is the sky and I won't gaze it again
Go cool. Go crazy.
That's such a crazy lie.
Good bye disco.
Good bye.



Kate Polladsky.

Friday, August 21, 2009

Há muito tempo venho adormecendo contigo.
Há dois dias acordei com você dizendo "que bom que você está aqui"
E apenas por isso o meu mundo tem se mantido acordado e vibrante.
Ás vezes funciona amar. Embora seja quase sempre frustrante.
E a gente que nada foi ou nada é, ainda consegue se manter e significar.
Eu só queria que entre uma palavra doce ou outra que você diz, eu pudesse ficar
Um pouco mais do que ficar, pudesse até permanecer.
Mas as coisas não são assim. E na verdade, meu amor, você não me vê adormecer.


KP

Monday, August 17, 2009

Há coisas que mudam por demais.
Coisas quem antes me vinham rápidas, hoje nem andam mais.
O tempo poda e vai moldando a realidade como quer.
É cruel e nervoso.
Como um professor que sabe tanto; que fala uma vez, e não quer ensinar de novo.
Eu tive todas as dúvidas, e isso o tempo não conseguiu mudar.
As minhas dúvidas permanecem, não é porque algumas foram vividas que então morreram.
Apenas em certos dias elas se atrasaram e em outros, acordaram mais cedo.
Sempre voltam dentro de mim perguntando
Sobre o que fazer com tanto e com quase nada
Com as perdas e danos da vida
E com tudo em que escolhi acreditar
Nada mesmo permanece igual ou sai intacto
Por mais que os caminhos se cubram de pedras
Vem os passos que pisam e mudam a forma
A forma das pedras ou a forma de caminhar
E assim eu já não sou a mesma que era
Por uma questão de mudança rápida
Sou um quem diria, de ontem
Um quero dizer, de agora
E de amanhã, um quem dera.



Kate Polladsky

Wednesday, August 12, 2009

Eu sempre fui quem eu sou, e foi exatamente isso que te contei. Mas é exatamente nisso em que somos diferentes. Não era você o meu espelho? Quebrou-se. Ouviu? Não existe mais semblante, nem duas almas parecidas nem duas pessoas diferentes que se juntam. Pedaços, pedaços refletem um pouquinho do que parecia e perecia. Até que então, morreu. Meu amor, meus poemas, minha admiração, minha dose de confiança e a lembrança é a unica coisa bonita que se tem. Adeus, é o que se tem pra hoje, que de hoje em diante você não sou eu. Não tem nada disso; nada a ver; nem um risco; nem um traço; nem um troco eu dou pelo mal que você fez. Deixa assim, que se foi e não é mais, que se foi não volta. E outra, eu não volto mais atrás.


__________.
Kate Polladsky

Monday, August 10, 2009

Alguém em quem ela confiava muito a traiu. Pela moral, pela amizade, pelos segredos, pelas vontades, pelas vezes, pela voz. Mas foi pelas mentiras que a traiu. Pelo excesso de verdade inventada. Pelos detalhes dispensáveis. E agora o que fazer? Tornou-se descrente então discretamente se afasta. Ganhou uma aposta que fez consigo mesma. E agora os fatos se desenrolam pelas suas costas; mas por dentro ela ri. Como poderia alguém pensar que chegaria longe caminhando com as pernas curtas da mentira? Que decepção. Quem nem surpresa é. [KP]

Saturday, August 08, 2009


Que cousa linda! Muito feliz por ganhar mais um selo! Agradecendo de coração à Vanessa, leitora do blog. Pessoinha especial que sempre tá por aqui. Thank you girl!

[As regras para aqueles que recebem o selo:]

1. Colocar o selo no seu blog.
2. Indicar 10 blogs que você adore.
3.
Informar os premiados.
4. Dizer 5 coisas que você adora.


Presenteio este selo aos meus queridos blogs, novos e veteranos na minha lista de leitura (um tanto atrasada, confesso). Mas obrigada pelas visitas, comentários ou apenas por escreverem o que gosto tanto de ler. Valeu! Os blogs são:

Você cometeu um engano;
Palavras quase ocultas de um ser real;
20minutegirl;
Cafeteria 24h;
Baby Light My Way!;
Pensamentos Soltos;
Rabiscos de mim;
O que me vier à real gana;
Enfermo Sonhador;
Palavras Líquidas.


5 coisas que gosto:

Tocar violão/guitarra
Cozinhar
Internet
Escrever
Sebos/Livrarias/Lojas de música



Maravilha, beijos!

Friday, July 31, 2009

I can't stand in your way. Let's choose a path and then we go. I'll open the doors and the steps will come through. I'll open the windows and the light will come though. And you'll open your mind for me to come through. While the power of ignorance open fire and the lives come through. At some point I will close my eyes. But all my intentions, actions and memories will remain open. I don't know about you, I chose not to stand in your way. It is open too; it's true.


 


 

Kate Polladsky

Saturday, July 25, 2009

Não sabendo que era só um gostar, ela foi lá e amou.




KP

Sunday, July 19, 2009

Foi uma distração.
A minha vontade era de sumir.
Isto é chão onde piso agora?
Não me perco de mim a toda hora.
Mas por aquela porta eu não entrarei mais.
Meus pensamentos permutam.
Entre pesares e pelo menos.
Mas há pesadelos que nenhuma diferença faz.
Eu sei quem eu sou e só quero estar em paz
Amanhã verei o sol nascer
E essa mesma luz deixará tão nítido
O quanto dei de mim, o quanto me custou
Momentos não pagam o sossego
Mas uma vida toda de correções
De rumos e raríssimos mimos
Sei que mereço as coisas boas e verdadeiras
Máscaras só para os carnavais
Prêmios e recompensas da vida
Eles me chegam tímidos demais
Me olham, me encaram e duvidam ainda
Vou construíndo enquanto me destruíndo
E vivendo da arte que isso me traz.



Kate Polladsky

Saturday, July 18, 2009

Chegou a hora.
Eu estou de saída, mas não estou indo embora.
Foi muito difícil estar com você.
Mas sempre tão fácil ficar com você.
Distância é ainda a medida mais certa.
Nela não caberá outra pessoa além de nós.
E tem as lembranças que me aquecem.
A frieza que nos cerca sequer importa tanto
Por você eu aguento, nem sabia o quanto.
As luzes acesas, as portas abertas
O mundo não dorme mais...
Não deixam nosso mundo em paz.
O que ninguém vê é o que não está
em gavetas, fotos, cartas e outros detalhes
O melhor ninguém pode ter
O amor que eu trago e guardei pra você.
Eu sei que falho enquanto te espero
Mas só de te encontrar já é um recomeço
E desde o início quando chegamos a um concenso
De que somente o acaso nós bastaria
Eu não estaria em todos os lugares que estive
E sequer saberia do quão longe eu iria
Se você não me fizesse sentido, se não completasse
meus dias, se de algum jeito eu não me aborrecesse e depois risse.
Não posso exigir tanto, nem sou o melhor exemplo.
Mas eu te escuto, te entendo, te defendo.
Temos estado por um triz, mas nem lamento
O lado mais insuportável da nossoa felicidade
Não é suficiente pra nos afastar
Pessoas aprenderão com a vida
Enquanto vivemos do jeito que parece certo
E gostar de quem somos não é um erro
É só mesmo um aperto pelo qual passamos que nos junta
Por mais que pareça não dar certo a gente tenta
E tantas coisas acontecem
Se alguma incerteza apareçe
E qualquer deslize nos ameace
Não se esqueça
De voltar ao ponto onde começamos
Porque você é a minha certeza.




KP

Tuesday, July 14, 2009

Sou piegas.
Já te disse que faço as coisas meio sem gosto.
Você diz que gosta assim mesmo.
Deve ser você um grau mais avançado de pieguice.
Que dá até piedade.
Como pode? Alguém ser melhor do que eu piorado?
Para sempre haverei de te admirar errado.
Chega um momento que até me confundo.
Assim como você confunde minha lentidão com meiguice.
Juro que queria te entender mais rápido.
E reparar os meus atos rebeldes sem raspar do fundo do pote os fatos.
Mas se eu erro e não percebo você também passa batido.
Nós somos dois tranquilos fracassados.
Já está pra amanhecer e sequer dormimos juntos.
Pra quem diabos eu vou dizer:
Você gosta dos ovos mexidos ou mal passados?
Passo o tempo catando os minutos como piolhos na cabeça do mundo.
E sou quem já está se descabelando.
Quando é que você virá pra consertar o pinga-pinga aqui onde moro?
E quando é que você virá consertar minha vida onde moras?
Não tenho mais de quem rir, com quem rir. Eu sempre rio de você.
Não tem quem me dê agonia quando troca frustrante por frustante.
Pareço até uma velha solitária nessa rede armada no quarto.
Você era uma boa desculpa para o balanço e para os amassos.
Mas...você diz que sou uma chatice.
Ninguém te completa como eu. Até sua mãe já disse.
Alguém tem que fazer o trabalho sujo né?
Alguma idiota tem que ser útil e impor as regras.
Regra número um: Que seja eterno enquanto duro.
Regra número dois é mais uma piada piegas.
Quando casarmos não aluarei em cabanas de Bora Bora.
Quando casarmos me perderei em Vegas.
Não tenho vontade de casar na verdade
Eu sempre quis que você fosse o meu pé-de-lã
Que entra e sai caladinho
E me beija com gosto de hortelã
O que mais gosto em você é que você é ateu
Não torce para time nenhum.
A sala é somente para assuntos urgentes:
Me jogar no sofá e a TV ligar só.
Tem coisa melhor do que nós dois?
Pessoas finas e sem sentido a sós.
Ficaremos ricos juntos:
Rolls Rice será uma nova marca importada de arroz.
Agora me peça qualquer coisa que eu te faço.
Fazer com jeitinho? Mas sem piúbas no final?
Eu nem gosto do jeito que você me pede as coisas.
Parece até que é má vontade e sempre a esmo.
Farei de um jeito bem piegas.
Vai dizer que gosta assim mesmo...



KP

Monday, July 13, 2009

Eu soube que você se deixou levar
Um beijo no seu lado oculto
São milhões de luminárias
Dividindo o mesmo vulto
Segredos são pecados mal guardados
Pelo menos neste lugar
Imaginei muito antes de você
E tudo era questão de esperar
Nós dois sabemos como podemos ser
Eu percebi como a sua palavra fugia
Olha só o que você fez, quem diria
Tudo tem sua hora e o lugar
E às vezes a gente vai
Apenas pra ver como é
Lavar o peito de uma besteira qualquer
Quantas cores pintaram o branco na sua cabeça?
Para que se apagasse a razão
Depois vai me dizer 'esqueça'
E eu não te direi se gostei ou não
Detestável a sua consideração
Foi ridículo o que você fez
Precisarei contar a dez
Antes de responder as suas perguntas
E de aguentar as suas lamúrias
Você não sabe ser um mistério
Não tenta me tirar do sério
Que há tanto com o que eu me preocupar
Volta ao escuro e faz a mesma besteira de novo
Vai com os outros até você se encontrar.




KP
Dificilmente eu entenderia o meu mundo como você entende.
Dificilmente eu me atreveria como você se atreve.


Kate Polladsky
Pensando bem, quantas milhares de dúvidas sutis caberiam no seu talvez?
Amor, você era a certeza que eu tinha e não haveria outra vez.



KP

É extremamente caótico amar alguém.
Mas depois que dói e você chora, vem a calmaria.
Então você sente que não cabe mais ninguém dentro de si.
Nem mesmo o peso da própria alma nem a leveza de uma alegria.
Eu poderia evaporar agora, e ser levada pra longe dessa agonia.
Que não me dá mais espaço, paz ou ar puro.
Aqui as pálpebras se fecham em sinal de cansaço e não de delírio
Achei bonito os corpos que se gostam deitados sobre a grama distraídos
Achei perfeito quando os olhares se encontraram e jamais perderam foco sob ameaça de qualquer ruído
Mas eu não adoecerei da felicidade de outrem
Deixa passar a vontade, o sentimento, a saudade, a espera, o efeito.
Os dias se dão para que eu os peguem pelas mãos e juntos esqueçamos tudo isso
Amor é um prejuízo que muitos têm.
Não é desculpa para solidão, mas o coração vai às tapas com a sofreguidão
Por muitas vezes penso se quero ir além
Há muito estou sofrendo
É extremamente caótico amar alguém.



KP

Friday, July 10, 2009

Penso no beijo.
Penso no abraço.
De pessoas diferentes.
De sentimentos verdadeiros.
E dos meus verdadeiros embaraços.
Não vale a pena morrer por um beijo.
Quando me faz mais feliz o abraço.
Me tira o frio da espinha
Aquece o meu dia
E me faz esquecer da teimosia
De tentar todas as vezes
Sem nunca cair em si.
Já se passaram meses
Eu não deveria mais estar assim
Então eu não sei o que me completa
Mas sinto falta de alguém por perto
Meus pensamentos estão relapsos
Meu coração está até incerto
Gostar e sentir falta começa a perder sentido
Não é muito diferente do que sempre tem sido
E nem sei como tenho aguentado
É bom pôr um fim logo nisso
Não quero mais pensar
Nem nem beijo nem em abraço.



KP

Thursday, July 09, 2009

You're all I keep lookin' at
While I'm lost between empty streets and empty home
From fine to better, yeah love...I'm moving on
But yesterday, it was a common bad of mine
By thinking too much of you, there're things I realise
I'll come back the same
Old feelings, old love, old everything
It won't change until...
Well, I prayed last night, love
I gave all of myself on a bet to god
Maybe he could save me from you
He would have said I must abstract and react
I'm through the phase of confusion
I can differ now catchable and illusion
Though I know I treated you good
Guess I'm out, this is it
It was never something, but this is it
Ain't gonna hold my steps around your shoes
I see teh dust coming down...
And I'm happy because I'm about
To forget you... To let you go.



KP

Tuesday, July 07, 2009

Tudo parte do princípio de que eu te amo.
Ainda que eu seja alguém sem princípios.
Especialmente para com o amor.
Gosto dele quando desfalece dentro de mim
Sem que eu perceba quando se esvai
E toda química que me tomava
Já não era ácida, não me corroía
Não me acidentava, a queda constante
Os cortes em pedaços do coração
No meu peito lavado, que outrora
Sofria o desgraçado.
Agora, balelea.
Eu te amo, mas não acredito nisso.
O amor me assiste feito novela
Choro lágrimas de crocodilo por ela.
Eu estou testando a minha resistência
A duras penas, pelas coisas que penso
E eu sei que penso só. É tenso.
Mas quero me conter, quero rédeas
Você é minha tragédia
E sou a sua comédia
Rirei da dor shakespeareana
Regra nenhuma cede
Sede vós a minha sede!
Que eu bebo, engasgo
E tomo o ar nos pulmões novamente
Até que eu volte a me saciar contente
Com outro amor, outra liberdade disfarçada
Ah eu me sinto livre por te amar!
Mas tudo me prende a você!
É farça, de uma força enorme
Que a gente aguenta, tenta
E toma na cara.
Até a próxima, meu bem
Quando a gente se apaixonar
E eu me arrepender
Vai ser bom enquanto não doer
É que até então você ainda é meu vício
Anestesia tudo, rio do mundo
E não sinto pena de mim.
Sinto apenas quando o efeito passa
E você me pesa, me sufoca, me ataca
Até que eu morra de graça
Que ódio! Que nada...
Vai passar. Eu já amei novamente
Mas não amei diferente ainda
Será que há outra maneira? Será?
Se tudo parte do mesmo princípio
Que o amor cega, e paralisa a mente
É biologicamente inviável, mas é reversível
Eu não tiro a razão do amor
Mas o amor sim, tira a nossa razão
Prova de que o amor não é justo
Mas é justamente isso!
Eu assim como o amor,
Sou alguém sem princípios.



Kate Polladsky


Sunday, July 05, 2009

O que foi que eu fiz, comparado ao que você fez?
O que me importa as dores ou despeito
Entre o seu sentimento que me engana
E o meu sentimento que te engana
Concluí o mais simples de tudo isso
Eu te amo tanto quanto você me ama.
KP

Tuesday, June 30, 2009

Nem mesmo as pessoas próximas são tão próximas assim. As mais fiéis, mentem. As mais queridas, desmerecem. As mais bem vindas saem. Nem mesmo os mais merecedores ganham. Os mais responsáveis servem. Os mais esperados ficam. Nem mesmo eu acreditei no que vi, vivi e senti. Depois de ter passado por pessoas e pessoas notei que a maior parte delas passou por mim apenas para virarem passado. Outras continuam, não como sempre foram. Menos reconhecíveis. Algumas menos admiráveis. Que deram com uma mão e tiraram com a outra. Nem mesmo eu, sei em quais confiar. Para uns confio o corpo, para outros o coração, para poucos confio a minha alma. Para mim, confio tudo o que sou. É o mais próximo que chego de cada um de nós.
KP

Sem fim; sem razão; sem pétala, apenas um esboço firme do coração – Eu vi o inacabado acabar comigo. A corda bamba que me sustentava rompeu-se, e com ela mesma fui enforcada. Não doeu, não doeu nada. Eu apenas morri por aquele instante, mais um importante. Que não valeu nada. Sinceramente, que parede macia a que eu bati a cara. Queria pulso firme, e o mais duro desfecho. O que eu merecia? Fala. É somente quando nada mais funciona, quando se perde o passo, o pensamento, a paciência e o passar do tempo já deixou sua marca. A sua vida para. E pede por um adeus. Pelo significado que eu te dava. Aqui jaz. Amor? Mandei às favas.


É tarde pra umas coisas.
Pra outras é tarde demais.
E pra outras ainda, já vou tarde.



Kate Polladsky.

Com os relacionamentos anteriores aprendi:
Nunca tive relacionamentos.
Só minutos de felicidade.
Agora quero horas, dias, meses, anos e uma vida inteira.


Kate Polladsky

Monday, June 29, 2009

E como quem já não tinha nada.

Perdeu algo mais.

Perdeu-se ou deu-se por perdida.

Um passo atrás em ida.

Alguém a viu ser feliz enquanto

Fugia pela porta de saída?

Alguém a viu enquanto sorria

Se ela não chorava por dentro ou não morria?

Faltando pedaços, contornos e continuações

Alguém a avise da sua vida errada

Se ela já não podia, já não devia, já não queria

Foi tentando assim, sonhando sim

Sendo quem quer que seria

Não se sabe o que se ganha com isso

Ela que já amarelou se é que amaria

Como é que ela diria...

Ficaria calada, é ficaria.

É como quem já não tinha nada

E se preparava para não ter algo mais

Faria sempre por onde merecer o melhor

E então, perderia.


 


 


 

KP

You are. You Just don't know it yet.


 


 


 

Kate Polladsky.

Sunday, June 21, 2009

Como você pode me deixar assim?
Desconcertantemente só?
Como você pode terminar assim
As palavras antes mesmo que eu me importe
Às vezes é muito mais fácil me desprender
É muito menos fácil eu entender
Mas com você é tudo ao contrário
Como pode, tanto tempo sem te ver
Você que sempre cumpre seus horários
Eu já nem sei o que é um dia normal
E quase achei que tinha que ter você aqui
Praquelas conversas bobas coisa e tal
Também pensei que pensava mas não
Eu só te amava
Então de hoje em diante eu estou mal
Às vezes é tão raro
Tão raro não é às vezes
Às vezes eu reparo
Reparando as vezes
Que você se olha no espelho e sorri
Parece a até mesmo que me ama
Parece até mesmo que me quer
Quando até o seu cabelo está melhor
Do que realmente é
E depois de muitos nãos me sai um sim
São coisas que me fazem desistir
De ter controle e fim
Tudo bem, eu finalmente vi
Você é bem mais do que eu queria ter
Até além do que meus olhos podem ver
E assim, não gosto quando você duvida
Que eu volto sempre ao mesmo ponto de partida
Só pra lembrar, isso que está dentro de mim
Já que se espalha na minha vida, me diga
Como você pode me deixar assim?



KP

Friday, June 19, 2009

Nada absolutamente me pertence desde o dia em que você parou de frente aos meus olhos, numa sala, num corredor, num pátio, numa ida e vinda qualquer. Os meus pensamentos, minhas vontades, meu corpo, meus dias. Nada é meu. Você se dana no mundo como quer e com quem quer, nem sequer sabe que me leva e jamais devolve. Eu deixo de existir a cada minuto que você traça seu caminho? Estou aqui para todos os fatores de corpo presente e espero que aproveitem bem essa minha materialidade ausente e inerte. Quando voltar, não esqueça de me roubar mais um tanto do que sou. Já tem até o teu nome no pouco que restou.
KP

Tuesday, June 16, 2009

Hoje é uma exceção.
Não sei, talvez seja a continuação de algo novo.
Momento em que estou bem, apenas porque parei algumas coisas,desisti de outras,
Livrei-me de tanto que daria pra pôr num livro de levezas e densidades.
Nessa idade, eu me rendo.
Não quero perder tanto tempo sem retorno.
Continuo teimando, conduzindo meus passos errados, na contramão, pegando carona, pagando caro, e apreciando a vista de vento suave ou ventania.
Torcendo pra que essa mania nunca se acabe, que o prazer quase demore e no fim de tudo se solidifique.
Eu amei muito, num passado contínuo, com uma dor maldita, uma vitória malfeita e um final mal acabado.
Mas uma hora eu virei as costas, a página, o jogo.
Não entendo o uso dos por quês.
Não tenho porque me explicar ou me estender tanto.
Pessoas diferentes me fizeram sentir diferente, sem muita diferença. Ainda estou por decidir se terceiros manipulam o que sinto ou se minhas reações são mesmo tão sensíveis à luz que cada um emite na minha vida.
Ainda estou por decidir se vivi por isso ou se, por isso, vivi.
Hoje eu assumi o impensável. Sem respostas, sem perguntas, cem milhões de controles dispensáveis.
Eu só precisava sair e respirar.
Precisava ver de tudo, sem tanto o que enxergar. Há vezes em que faz bem cegar-se do mundo.
Considero-me vivida por uma brevidade.
Falei loucuras, falhei horrores, fingi na hora de rir e com uma palavra fiz pessoas mais felizes do que sempre fui.
É verdade que tudo isso se espalha no tempo, são partículas aleatórias.
Mas honestamente, o meu saldo tem sido muito positivo.
E hoje, não é uma exceção.


Kate Polladsky
Silly heart, sober heart.
Seems to finally quiet down.
Go with the flow says the song
I may just close my eyes and move along
I may just forget it and let it go
Learning the hardest way
Tasting the bitter tastes
But it’s when I find myself amongst the waste
I paid the price many many times
Now I rest my bones and feel the vibe
Silly heart will have to wait
Sober heart will have to make
You got me there lost in the crowd
Dancing between the sweet and salt
Let the machines work it out
Better, it’s much better if it loud
I don’t really mind
At times I really gotta loose
But the engines inside myself
Won’t stop my moves
And I see tomorrow rising from my health
It is not just a matter of faith
But it’s fair enough to face
All the things I want, on my own pace.


Kate Polladsky

Tuesday, June 09, 2009

Não sei bem em que estado se encontra o que sinto agora. Por mim, vou lhes ser sincera, já teria inibido ou sufocado tudo isso, se conseguisse. Até que definhasse e o passado consumisse. Tenho ficado bem, tenho me cuidado ainda que não pensasse em levar a sério as suas palavras tão comuns quando de despedida: Se cuida. Parece-me frio e distante, uma passagem única com uma entrada só: apenas de saída. Acho que todos sabemos dizer adeus, mas não aprendo a ir embora, não sempre. Permaneço por um tempo, nutrida de expectativas que não me fazem crescer nem um pouco, apenas me mantém viva. Gostar muito de alguém parecia algo de insistente consciência, e agora perde a razão de ser. Vai desistindo de si mesma. Agora eu devo estar numa espécie de portal que ora consome e me repõe sentimentos, ou seriam neste momento apenas vontades? Na verdade, tanto faz. Não existe diferença, assim como não existiriam resultados. Foi quase sempre assim. O que eu sinto é suficiente pra ter comigo, mas nada faz crer que é suficiente para que eu leve adiante.


 

Kate Polladsky

My mind hosts you endlessly but my heart; it flames hardly and then fades.

I strange the advantage on it

Thinking of you as if it hydrated me all but kills me of hunger.

I won't have you, not ever.

And so, I feel like I wasn't made to love again.

Has love made me empty in a sudden, so the pain has a place to fill?

It comes as a cuddle and delusion, for the reason of tying me all

Tighter as it should be, allow me to choke once again

And makes it lame to feels these feelings

Takes too much time, takes a lot of me, and takes me to nowhere. Really

Letting me aware I'm nothing or no one able to fight against

Except when the days overcome

Time has to be the only way to fix it

When my mind corrupts my heart

When I'm not in fire nor is it gone.


KP


Saturday, June 06, 2009

Aquele instante não se conta. O teu cheiro existe somente naquele quarto, o teu beijo existe somente naquele fato e teu sorriso, somente naquela foto. Não posso voltar lá... "Desculpe, o seu amor não se encontra". Não volte mais. Não volte atrás. Passado é passado. As portas não se abrem, elas apenas guardam. Meu vazio ganha espaço com o tempo, é tudo um tanto quanto lento. Vai se distanciando do alcançável. Até que eu me canse e aquele instante... descanse em paz.
KP

Tuesday, June 02, 2009

I miss your voice, your touch, your words, your hair, your moves, your curves.
All those things I ridiculously love and never had.



KP

Monday, June 01, 2009

http://ideologia-silencio.blogspot.com/


Eu acho que ainda não apresentei meu blog paralelo, ou meu mundo paralelo, que seja. Recentemente comecei a mandar minhas idéias e sentimentos pra outro endereço. Não este blog jamais será desativado. E qual a diferença entre um e outro? Eu não sei. Mas tenho uma teoria de que Ideologia do Silêncio é mais centrado, mais racional e portanto menos emotivo (eu não queria dizer "emo" jamais.) em suma, menos poético. Se eu quiser desabafar pontos de vista, críticas, deboches, particularidades, surto, qualquer coisa de qualquer coisa, eu vou lá. Você leitor, talvez, também vá. Eu estou deixando o convite. Porque a princípio seria um blog restrito a convidados, pois o conteúdo me pareceu intimista (eu sei o que estou falando? Oo) [whatever] Deem (nova norma gramatical - detesto) um passada aqui e outra lá, por que non? Bem! Peguem o caminho que lhes parecerem mais mais. Recado dado e blogs atualizados. *happy ending*
Kate Polladsky

Sunday, May 17, 2009

Vou começar com uma incompletude: a arte de ser eu, e eu que não entendo de arte alguma sei que articular solidão pode ser uma atitude e tanto. Outro detalhe: está chovendo. E quando chove, já sabe... Quem está só é que sente, queria que o friozinho na verdade me fizesse quente, passando pelos pêlos da pele e pela espinha dorsal, assim bem de repente. E se chovesse lá fora o que poderia chover aqui dentro, todo líquido dissolvendo matéria, aí sim seria outra estória, mas eu não conheço a sensação de estar completamente desfeita. Apenas em pedaços, ou demasiadamente inteira.
 
Vou continuar com uma verdade verdadeira: quem mente sentimento, lamenta o momento em que se perdeu. Posso até dançar sozinha na chuva, nadar nadar e morrer na praia, mas eu sei exatamente onde deveria estar. Então tá, eu espero mas não minto. Saudade não é nem metade do que realmente sinto. E em dias de chuva meu coração só falta falar, meus dedos quase desabafam na vidraça embaçada, mas e daí? Qual dos teus átomos mais místicos iria ver? E qual timbre mais macio da tua voz perguntaria se eu realmente amo você? That's it, tenho apenas o meu corpo quando o resto de mim já foi doado pro teu endereço em Mônaco.
Por um curto período de tempo acho que já não existo mais.
 
Por isso mesmo vou terminar com um começo: Silêncio. Porque o meu amor é disléxico, dispensa palavras e se adormecesse a qualquer margem de onde você está, sentir-se-ía num berço. Mas aquilo de solidão... Mereço? Continua molhando tudo viu? Nada brota do meu vazio. Deus não é insensível eu sei. Acalma a minha pressa de querer me proteger do frio só com a força do pensamento. Porque tudo quando depende de alguém é lento lento lento. E eu volto à incompletude da coisa... por um momento.
 
 
[Kate Polladsky]


                                   





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Thursday, May 14, 2009

Pois bem, é o acaso. Me confunde profundamente, e não há lentes no mundo que me façam enxergar o contrário. Por um acaso não procuro ninguém, decididamente estou bem só. Mas casualmente conspiram os ventos; me sopram alguém irritantemente interessante. Cego e de repente já não sigo. Páro naquele instante, e desvio a pessoa que sou para algo meio sentinela viva e manipulada pela atração por aquela criatura. Que infortúnio não ter controle sobre mim, que injustiça o acaso ter controle sobre mim! Why so perfect? No meu caminho que ninguém percebe, persegue, prossegue comigo? Não é pra mim. Mas sorriu pra mim. Por um acaso era comigo? Com certeza não, na minha mente distraída não. Era só o acaso... Pois bem, era pra mim.
  
Agora, decidi que queria mesmo que fosse meu aquele sorriso. E o que eu fiz...? Ora, por que não virar a cara e fingir que não era comigo? Tá na cara que naquele instante mesmo eu queria tanto tanto aquela pessoa, que me fiz imune a ela. É estranho. Mas é a reação que me dá quando a vergonha me invade, me toma nos braços e me adormece. Eu digo -Oi. E a gente se esquece. Como todas as minhas tentativas me esquecem no final. Depois que a gente se entreolha e até anda de banda, cada um vira pro seu lado do corredor e aposta os dois lados da moeda no mesmo acaso; que é pra comprar o destino...Com aquele mísero centavo.
 
Preciso ver de novo aquela pessoazinha que me sorriu e me confundiu, me iludiu e logo matei o melhor instante com uma interrogação. Eu não sei como, mas depois fiz amizade. E dos cem porcento de chance que poderia ter de conquistar alguém eu me desesperei só com a metade. Será que consigo? E pensei comigo... sorrirei por seu número de telefone; por seus passos ao meu lado da entrada para saída; por saber o que fará no fim de semana ou qualquer medida drástica que nos una.
 
Depois de milênios de acasos, casualmente almoçamos. Sei lá que gosto tinha a comida. Fiquei entre o que me falava, sobre coisas coisas coisas e o que não me dizia. Não me dizia nada seus gestos, olhares, tom de voz. Eu queria saber mais, sobre aquele assunto de ter chance com. Me jogaram na inércia. Primeiro instante me dava bola. Segundo instante, me chutava fora. Terceiro instante tanto faz, eu devo mesmo ter perdido. Era uma ótima pessoa. "é pra mim..." mas..."não é minha". Ah sinceramente! Eu acho que cansei da gentileza.
 
Ora, que me deixasse claro de uma vez se serei plebeu ou serei nobreza. Fiquei num sou não sou, posso não posso, consigo não consigo. Encerrei o caso. Martelei mesmo a vidraça que eu estava polindo com gosto pra deixar mais transparente o que era aquilo entre a gente. Mas concluí que nada a ver, sabe. Comecei a ver aquela pessoa de um modo diferente, ou indiferente. É! É um caso realmente broxante. Se por um acaso rolasse química... Mas não misturou não; embora eu pensasse naquela interessantíssima criatura a todo instante. E também depois de todo aquele processo de ganha-pão, poderia ir pra frente...Mas não. Nem,nem. Tudo mudou de repente, não era como eu pensava que era. Vai ver nossos cosmos eram de substâncias diferentes...Pois bem, é o acaso. Me confunde profundamente.
 
 
 
 
[Kate Polladsky]


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Tuesday, May 12, 2009

Apagou-se o mundo lá fora.
Que chova, que chova tudo o que lhes for de direito agora.
Eu vou sentar sobre meus pensamentos e também no chão.
Acenderei um cigarro, será que isso me acalma?
No lado oposto do meu obscuro desconheço o que você ilumina.
Não está longe, mas sim tão perto que me cega.
E agora envolvida no cheiro seco, de cravo ou sei lá, canela,
Eu tocaria uma música ou martelaria os dedos no aço estendido
Sobretudo, eu não sei mais distinguir entre o que soa bem e o que soa mal.
Portanto melhor é quando apenas sinto, e isto é tão quente que esfumaça,
Aqui presente em mais um trago.
Há dias que tento fazer coisas que qualquer um faria
Mas no entanto, faço o que apenas esforço
Em tentar esquecer quem deveria
Apagar de mim, empurrar contra o cinzeiro
Percebo apenas o deboche da tempestade
Que apaga o mundo lá fora quando chove
Ainda continuam acesos, você, o cigarro e a saudade.


KP

Monday, May 11, 2009

O coletivo de infinito.
Consumo a soma: um edredom; um dia de chuva; 2+2=1; café-da-manhã; olhar sem graça; grãos na caneca; amor de casa mesmo; de bares; de pensamentos sem teto; de palavras meia boca; de copo meio cheio e meio vazio; de ruas molhadas; mãos dadas; abraço quente; chimarrão ou café, rimas toscas; hálito de menta e mentes que só falam a verdade quando param de funcionar para: dar alas a um beijo. Te beijar um coletivo de infinito. Já te amo um coletivo de infinito! Ainda é pouco pra somar...
KP

Saturday, May 09, 2009

Não me deixe chegar bem perto de amar outra vez à distância. Poupe-me de tal presságio, de tal tendência, de tal atraso de vida. Não me deixe empoeirar em sentimentos que coloco na estante por uns dois anos, mas terminam engavetados e sucumbem no tempo, ração de pretérito-traças. Ainda não quebrei paradigmas, pouco amei de verdade o palpável, o prático e o acessível. Nasci para odisséias? Para platéias ao longe de quem não ouço os aplausos, não seguro a mão e carrego comigo a tira-colo, a tira-coração, a tira-corpo e alma? Permanecerei nessa incógnita, nesse amor de guerra, nessa eterna cólica platônica? Eu espero que não. Não me deixe esperar. Mantenha-se longe do meu amor ou não me deixe amar outra vez, porque detesto esse amor a três: eu, você e a distância. Um conto-de-fadas ou algo do tipo amigo-imaginário da infância. Existe, mas não está. Não há quem aguente. Mas se de repente você chegar...E durar mais que um repente, a gente se entende. E pode ser que eu ame absurdamente, posso querer chegar bem mais perto que antes, se você deixar...
Kate Polladsky
________.

Monday, April 27, 2009

[Ideologicamente um desabafo.]

Castigar-lhe-ão por ser quem sois de corpo, alma e coração.
Colocar-te-ão camisas de força: que louco é este, livre por dentro, com as respostas que precisa para ser feliz; mas acorrentado ao mundo que o faz perguntas, nada lhes preenche e nada lhes diz? Apontar-te-ão o dedo na cara, julgar-te-ão por qualquer triz. Ensinaram-te a andar, a comer, a se vestir. Ensinaram-te como se portar, como falar, como pensar, como aceitar o inaceitável. Ensinaram-te sobre Deus, e sobre homens. Ensinaram-te que não é quem és, mas sim quem deve ser. Não é assim?Batizaram-te com um nome qualquer, sobre o qual jamais teve escolha, mas apenas para que o encontrem na multidão. Criticar-te-ão sobre seus desejos, sonhos, idéias e amores. Até mesmo aqueles que disseram amar-te sempre, jamais o conheceram nem jamais o conhecerão; apenas porque não permitiram conhecer a si mesmos antes de tudo; apenas porque seguiram regras, aceitaram-se sempre mais sociais do que pessoais. Mas ouça: Se isto o fizer feliz, permita-se. Seja este louco que és por não ser demasiado outrem. Não castigue a si mesmo por pecados que lhes impõem. E não se prenda demais a experiências alheias, dos que serão eternos aprendizes. Sede você o teu próprio caminho e a tua verdade os teus próprios passos.
Ensina aos outros quem és, pois eles apenas sabem quem deverias ser.

Kate Polladsky.
________




Confesso que penso em você como descanso, como fuga. Como encontro do meu ego, com o meu amor e lascívia. Eu penso em você como a lamparina que não pensa na noite antes de queimar, apenas queima por sua natureza, por iluminar sem que pense em como se extingue, sem que pense em seu pesar. Vá insidiar a minha mente, meu pequeno grande erro, que não canso de errar e prepara-me ciladas das quais não saio apenas pelo esforço de pensar. Agora tem a mim presa, em pele, beijo e olhar. E tem o meu coração sem arrimo, que se desespera no avesso de estar batendo e abatido. Confesso que sou só fuligem, mas ainda queimo como magma cuja sonoridade ecoa como cítara e se perde em poesia ou apenas no pousar de uma libélula, consegue ouvir-me pensando o que sinto? Pois se alastra feito lume e se multiplica ao cardume, depois se junta à vertigem que é o descanso e a fuga, com teu nome denotando pensamentos que enturvecem meu pensar.

Kate Polladsky


Thursday, April 23, 2009

Quando as coisas começam a dar certo
Consigo abstrair e me proteger
Atrevo-me a pequenas vitórias
Uma que me cutuca, outra que me acorda, outra que me revela,
outra que me espanta, outra que me eleva...
E assim...
Sigo distraidamente sem tentar te esquecer
Aos poucos os meus sentidos vão se desprendendo de você
Vou eu, começando a aprender a não sentir
Como se as coisas jamais dessem certo
Exceto, matar meus sentimentos
Estes que involuntariamente acreditam
Que outra vez; o impossível ainda pode acontecer.
 
 
 
 
KP


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Tuesday, April 21, 2009

Como se fosse possível te esquecer, eu tenho tentado essa façanha há muito tempo. Entre altos e baixos, eu te deixei ir e não me deixei ir, nunca. Não sei que diferença faz. Você poderia estar comigo, ou não? Jamais? Por tantos questionamentos que faço, a resposta é sempre "e se...?" mas nunca o é. Porque eu nunca te questiono. Como se de alguma forma, você me pertencesse; apenas porque eu pertenço a você, de maneira louca e sub-entendida; é que há tanto espaço dentro de mim com teu nome. E com teu nome em meus escritos, em minha boca; fica tudo tão claro que nem o pronuncio, nem o escrevo. Mas sabem, todos os milímetros de mim sabem que eu te amo. Todos os estranhos que me estranham ao seu lado, sabem que eu te amo. E você sabe, mas também estranha. E assim como eu, finge que não. Finge que nos conhecemos também. Será que conhecemos quando fingimos? Como se fosse possível esquecer sua atitude e minha reação, como se fosse possível construir um determinado momento novamente e segurá-lo forte para que continue, como se fizesse sentido. Mas há apenas um sentido nisso tudo, e parte de mim. Sou eu que não consigo te esquecer. Sou eu que finjo sentido em tudo. Sou eu quem não te deixa ir, nunca. E eu tenho conseguido essa façanha a muito tempo. É que há tanto espaço dentro de mim com o teu nome, que já nem questiono. Tenho medo de que meu coração não se reconheça sem você, e já não saiba mais fingir que me mantém viva.

Kate Polladsky

Eu sei que quando você sai, bebe, fuma, beija, ri, se diverte e conhece pessoas novas. Sei que quando você sai, volta radiante ou nem tanto.
E quando sai eu penso se não estou a um passo de te perder, se é tarde demais pra te dizer ou se eu deveria de alguma forma fazer parte de você, por essa coisa conturbada que me parece o seu mundo. Quando você sai, eu sei que é para não pensar. Mas fico eu, pensando se está bem, quando vai voltar e que novidade arrasadora me espera. Penso como amiga porém sinto como tola apaixonada e meu instinto louco de querer te cuidar, te proteger, te ver bem...Esse instinto se volta contra mim, porque eu sei que quando você sai quer estar a perigo mesmo, quer ser livre e que se danem os sentimentos. Aí eu sei que quase adoeço. Por que é tão difícil não sofrer quando você sai? Mas quando volta e está tudo sob controle, então eu te amo mais. Agradeço e sinto que não te perdi por mais um fio.




Kate Polladsky