Monday, October 27, 2008

Meu coração está em ruína.
Ouve o ruído e se anima.
Largado no tempo.
Dos temporais de sina.
Aqui sinaliza que é o fim.
Alvo fácil, e vira fóssil.
Nada mais o resgata
Em nada mais culmina
Aqui jaz.
Um coração em ruína.




Kate Polladsky
Sujou os pés de areia e foi seguir mar.
Viu onde tudo terminava, quando começava a encontrar.
E deixou pegadas, poemas, vontades, mentiras e verdades.
Talvez seja a maneira que encontrou de descontinuar.
Sentiu que já não pertencia, desprendeu-se do que a prendia.
E livre de tudo, novamente é.
Lavou os pés na água e foi seguir o mar.
Limpou-se de si, e o céu se abriu.
Ninguém havia visto o que ela viu.
Segurou-se nas pedras e até sorriu.
Talvez se as jogassem pra cima, faria chover.
E o mar inundaria, não afogaria seu sentir.
Sentiu-se desprotegida novamente.
Escondida do mundo, mantida refém.
Ameaçou de amores sua mente.
Sujou-se toda, de partículas de repente.
Fora de si, já esfriam. Por dentro era quente.
Foi bem mais longe do que pensava.
Pensou até que conquistava.
Toda a península por onde andou.
Banhada pelo lençol azul.
Que agora perde cor.
Está empalidecendo o amor.
E todo esse mar, que a tomou.
Amanheceu desacordada.
Na areia descontínua.
Continua a amar, contudo?
Ainda...




Kate Polladsky
Jamais farei comentários da sua falta.
Da falta que me faz, e da falta que se faz.
Cada qual com sua ausência por dentro.
Jamais fecharei a janela novamente.
Por excesso de sol, ou de chuva.
Deixa assim, símbolo de abandono.
Não lerei suas palavras, esperando reconhecer as minhas.
Não falarei mais nada, esperando esconder-me no silêncio.
Esperando ser descoberta no quebrar da sua fala.
Jamais deveria. Ter deixado tanto surto correr solto.
Não vá tentar me curar, da dor que me é.
Não vou existir pra um lugar que não é meu.
Não vou insistir em terminar o livro.
Das minhas faltas de capítulos que leu.
Jamais tomarei de volta o que dei de mim a ti.
Ou farei pouco caso do pouco que se deu.
Ainda sinto que despenco.
Mas o eu abismo, está caindo em si.
Jamais entendeu.


KP


Sunday, October 26, 2008

Essa queda eu já conheço. Vou me levantar.
Vou como sempre fui; sem querer voltar.
E acabarei sem que dê por acabado, mas vou pôr um fim.
É nessa cama que adormeço todos os dias. Acha que precisa me ensinar a acordar?
Não dói tanto de porquês, de pormenores, dói de mim que me deixei.
Não dói tanto mil nãos, quanto dói, já tarde demais, um sim.
E essa parte eu não mereço. Não recomendo. E sinceramente, já cansada de tudo, me rendo. Venço-me, sem ganhar o que quer que seja. Sem que seja causa perdida, ou ganha. Mas prefiro que se perca, agora. Do que ver perder um pouco mais, todo dia.
Já tanto faz de onde as coisas têm vindo. Pra onde as coisas vão? Eu não iria.
Dessa fruta eu já mordi. Já morri desse veneno. E não me custa a vida, morrer do que eu entendo. Apenas sinto de novo, o que se renova quando me lembro. A única razão nisso tudo existe pra matar sentimento. Que já é o final de tudo, para todos os começos. Já conheço, já conheço.





Kate Polladsky
Agora as luzes artificiais, ganham brilho pras luzes do meu céu.
Perdi estrelas, perdi referência. Perdi o planetário que não me cobre à noite.
Aliás, perdi bem mais. Jamais parei de perder.
Chegarei ao ponto em que depois de tantas perdas, restarei a mim.
Quando esse resto chegar, verei: Agora a luz, vem de dentro.
Jamais me perdi, quando ao perder tudo, me achei.
O ser iluminado que sou. Soube distrair-se na escuridão.
Passou pelo breu sem sentir medo, o medo de ganhar mundo.
O mundo que me ganhou as perdas é o mesmo mundo que me tirou o peso das costas, e me deu a leveza de ser livre, apenas com o meu ser, e sua luz.
Kate Polladsky

Friday, October 24, 2008

Ainda tenho esperança.
Mas não espera, não se desespera.
Respira e vai.
Em parte cansa, e inventa causas pra existir.
Ainda tenho muito que pensar.
E na possibilidade de não ser só pensamento.
Alimenta meu corpo frio.
E quase esquenta com um fio de amanhã.
Não sei o que me dói, se não machuca.
Nem tem a intenção.
Devo ser assim, indiferente à dor.
Organismo vivo pintado de azulejo.
Reflete o mundo em que vivo.
É no seu fundo que me vejo.
Meu maior medo.
É que isso não seja triste.
Que seja opcional.
Minha maior angústia.
É a consciência do que me sou.
E de aceitar, de se ter.
E não saber levar.
Deixar que me levem.
Que me escolham.
E que me achem antes.
De eu me encontrar.
Ainda tenho esperança.
De conquistar alguma certeza.
E poder ser flexível, com firmeza.
Que o meu agora, não se estenda.
Além do momento que é.
Para que eu não precise sentir o peso.
Do que poderia ser, do que teria sido.
Sem ser.
E assim sendo, não me respondo.
Porque não me pergunto.
Tenho a coragem da dúvida.
E pagarei as dívidas que fizer.
Com a esperança do ainda.
Do que minha esperança quer.
Decidirá o meu caminho.
Quando eu já não me importar.
Não importa, que passos der.
Que a minha verdade não se renda.
Nem entre pela porta em que sai.
Que o ar da minha esperança
Não se prenda.
Respira.
E vai.



Kate Polladsky
O que é que você tem, que me deita tão longe, e me sonha os pensamentos amanhecidos de ontem? Que mal você traz, que faz tão bem, sem toque; mas cura as doenças que o mundo traz? Eu esqueço que te gosto, quando lembro que não gosto de gostar tanto assim. Isso tudo que tu tens, é algo meu que se perdeu, ou algo meu que tomou pra cuidar? O que é que você tem que trafega meu chão e leva meus passos pra casa? Então sento pra te escrever sobre a vida que me vive. E a vida que não tive como viver. O que é que você tem, que me suporta ou me tolera, sei que não há muito o quê entender. O meu vazio você preenche, com uma leveza, talvez, volátil demais. Não permanece nunca e não me deixa. Às vezes pesa e cai. Fica esperando que eu te suspenda com palavras de abraço. Com um quê de sempre amei, e não te magoarei jamais. O que é que você tem que sua voz tem sempre sotaque de saudade, e me envergonha pela metade, não me cala, e me fala tudo como se olhasse nos olhos. Mora em tantos interiores queira, e daqui de dentro de mim, não sai. O que é que você tem, estudada de tantas certezas, que não me tira as dúvidas de nós? Não me esclarece de mim e do que sinto. Se não sinto mais. Se senti a mais. A menos que queira saber, no momento sinto paz por você. Não sinto amor. Que forças tenho pra lutar por isso, que sempre me enfraquece? E quando morre, me escurece. O que você tem, me ilumina e me faz querer enxergar ao redor. Não pode ser amor, o que tem. Tem que ser algo menos significante, e que por isso não me consome tanto. Apenas me convive. E assim consigo viver, levar comigo tudo o que tenho de você. E o que você tem comigo. O que é que você tem amor, além de tudo isso?



Kate Polladsky

Thursday, October 23, 2008

Conhecer o vazio que me inteira.
O vazio da convivência, o vazio da ausência.
Conhecer o que perdi, como se me conhecesse.
E não me perdesse. Nem me desse conta.
Como se me antecedesse, e evitasse.
Conhecer o desconhecido.
Sem que soe familiar, sem que eu desconfie.
E o medo me tome nos braços.
Medo do que se desprende, e dos laços.
Como vou poder me continuar, se me desfaço?
E disfarço muito bem? A ponto de eu acreditar
Que sou tudo isso que conheço.
Mas que sinceramente, nunca tomei conhecimento.
Conhecer minha sinceridade talvez, seja um começo.
KP
Já não sei...
Quem será que me segue?
Sem sossego nem sacrifício.
Somente o quente vício de você.
Já não hei, com que coragem te vivi?
Perdi teu beijo que tanto quis, ou irei.
Hoje sei que sou nada pra ti.
Amanhã o quê serei?
Já não sei...
Se me sobram pedaços.
Se me restam passos.
Passarei despercebida assim?
Por mim...
Pode ser que termine aqui, haveria um fim no enfim?
Filtrando-te do amor, que mora dentro de mim.
Já não sei... Sempre separo o possível do absurdo
Possivelmente apagarei as luzes
Pra ver a luz que incide
Se é você que chega, se as chaves abrem
Se os teus espaços de fato me cabem
Bem, você foi o impraticável. E, portanto...
O que há demais nos elogios práticos
Que fugiram da minha boca?
Já não sei, se queria saber...
Minha curiosidade resiste
E perde pro que mais persiste ao viver
Agora, desiste...
Ao mesmo tempo em que quebra sua lei
Se contradiz, se desfaz e se perdura
Se for verdade, já não sei...
Menti pela saudade, pela passagem mal marcada.
Da dor de querer, um quê de ti na dor, que não me dói.
Só mesmo enfeita a dó, que você tem por mim.
E se dá um pouquinho, pra mim que já se deu.
Já não sei... Quantas vezes errei e me arrependi.
Mas não te disse ou irei. Sei que o teu sol a pino
Percebeu as sombras que deixei
Não são caminhos com cascalhos.
Às vezes é você, a maior pista do que sou.
Se tudo o que vou, vou por você.
Não vou me perguntar sobre tudo
Ainda assim duvidará do meu talvez
Minha sabedoria é um tanto burra.
Pra você saber... Que já não sei.



Kate Polaldsky

Wednesday, October 22, 2008

Quem te beija distante, em frente os olhos de cada pensamento que traço sozinha, com a ajuda da distração. Quem tem que se apresentar como quem te gosta um pouco a mais do que gostar. Gasta de si o gosto que tem o somente que é, sem quem sem quer. E não quer se mostrar; apenas rodear-me de indagações, ornamentando de angústia aqui dentro. Quem se preocupa e se dói, sem nenhum chão que apare, sem os tais braços que ampare, que seja.
Quem surpreende o óbvio, tão mal feito que quase jaz. E te perturba quase nada do que me diz, mas perturba demais. Quem se multiplica, faz quase tudo, por quem quase tudo é. Tudo parece valer a pena. Apenas, quem toca a pele, sem nem mesmo tocá-la, mas já se materializa, tão perto fica a distância entre os dedos dos sentimentos limpos de amor, que já até empoeiram de tanto esperar. Ora, quem sou eu pra amar...
KATE POLLADSKY
TO TELL YOU THE TRUTH, IT BOTHERS ME.
THAT YOU CREATED A HARD WAY TO LOVE ME
AND AN EASY WAY TO LOSE ME.
IT BOTHERS ME THAT YOU HAVEN´T REALISED THE DIFFERENCE BETWEEN WHAT YOU THINK IT´S RIGHT AND WHAT I THINK IT´S WRONG.
AND IT BOTHERS ME BECAUSE I RESPECT MYSELF, YOU DON´T.
EVEN WHEN I LIKE YOUR KINDNESS, AND YOUR INTRIGUING LOOKS
I WONDER IF I DONE SOMETHING TO WIN IT, AND IF IT MEANS IT´S GOOD.
TO TELL YOU THE TRUTH, ONE OF US HAS BEEN LYING TO ITSELF
IN A MILLION T POINTS THAT TOGETHER MAY DRAW A WHOLE ENDING.
I NO LONGER FEEL SO GIVEN. I MAY BE THIS NUMB PERSON, FEELING NOTHING AT ALL.
I´M PERHAPS JUST A THINKER. THINKING TOO MUCH OF EVERYTHING.
WILLING TO THINK LESS AND LESS OF YOU.
TO TELL YOU THE TRUTH, I´M NOT TRULLY A TELLER
I´D RATHER JUST DO.
BUT SOMETHING´S KEEPING ME FROM MOVING
ALTHOUGH I´M ACTING LIKE A FOOL.
IT BOTHERS ME AND STILL…
I´M TRYING TO FIX WHAT CANNOT BE BETTER
BETTER IF I DIDN´T BOTHER
I´M WAITING FOR WHATEVER.

KP



Tuesday, October 21, 2008

Queria eu saber como te tocar, como me trocar por ti, um minuto somente.
Queria eu adivinhar seus pensamentos meus, por mim. E se talvez eu tivesse a chance de saber o que eu nem queria tanto entender, já até me arrependo... Mas certas coisas queria que você soubesse, especialmente as que soubesse sem que eu diga, mas que me dissesse o que pensa. Queria não me desgastar tanto, sem precisão. Precisamente quando você é a tentativa mais óbvia que faço. A mais simples, a menos ganha.
Queria mesmo era saber o que fazer, pra não desfazer nada do que fiz. Que foi um passo certo, que não foi certeza alguma. Mas me conforta por algum motivo. Queria saber qual é a minha porta de entrada, já que espero na saída o tempo todo. E o medo de não conseguir ir embora, ficar apenas eu e os espaços vazios, os meus de dentro. E o de fora. Queria que fosse verdade as mentiras que eu passei a acreditar porque desisti aos poucos do quanto te queria. E se me pareceu errado essa verdade, é porque na verdade, ela que não me queria. Não quero mais que a vontade. É a minha grade, de todos os dias. E parece que me aquece, só de pensar. Queria eu saber como não querer, e que isso fosse despreocupante. Que seja, por fim. Que não seja um fim, mas me faria feliz que fosse ao menos um instante.




Kate Polladsky
Now that I have nothing else to lose.
Losing time with you doesn’t seem so right.
May I leave part of us hanging by itself and another part of it behind?
Just because it’s senseless and silent, to continue with this mess.
Here inside I wish I could stay, and take a chance to be the entire me with you.
Now it´s just the shadow from yesterday. But it always were by nature.
I try to see with your eyes and I really try to light up my view.
But I’d rather have it all blind, than live forever a blurry deal.
You can just have my skin, can provocate me, but never touch me.
You can change my places, make my laces, but no longer move me.
You can this powerful thing of being my love, but can’t this powerful right of a lover.
I left a mark, but does it stay as an old thing, useless and meaningless anyways?
Do I listen to words that doesn’t listen to me anymore?
Hey, you´re my certain step over the days, but you’re one more day in my life, no more.
And now! I must choose between losing myself, and losing you. Differently, but almost like losing the same. Separately, but almost like losing one body.
That doesn’t match, and doesn’t sweat the same kind of love.
Have I got something else to lose? Except for the loss of the nothing, we are? And this lie that wannabe true? Some other story that I wanna tell for myself, without a thing to prove. Stopping is not a mistake. It is just that now; I have nothing else to lose.





KP

Sunday, October 19, 2008

Serei eu, que me sou. E serei eu que me dou. Que escolham o quê de mim querem. Sei ser fingidora, sei ser perfeita, só não sei ser quem sou. Não sei de mais nada. Já não sabia quando era alguma coisa. E sem querer, me canso, me nego, me recuso a conhecer apenas as costas de quem persigo. Prontifico-me a dar a cara às tapas, até que quebre essa louça com a qual me vestem e já nem querem tocar. Trocam-me pelo imprestável, pelo impuro, pelo imprudente? Escolhe a mim como traidora, como trouxa, como heroína que mente? Se assim ganho mais, ganho amor, ganho atenção e ganho a não-admiração que todos querem ter pra si, que desejam e que embora odeiem, possuem com um sofrer quase tão gratificante quanto se tivessem o alívio, o conforto, o refugio de alguém que é bom demais pra que os mereça. Então, serei eu um desmerecer-se de si, pelos outros. Pelo merecer de querer ter o que mais se quer? Não sei a quê me dou o direito, pra que não fique com nada. Apenas o todo perfeito que sou, e que já não me serve, quando mais preciso.
KP

Wednesday, October 15, 2008

Você não se termina em mim? Nos dias em que te transito os dedos, sei que recomeço.
Pousei na película da tua pele. E adormeci entre as vontades, e uma verdade só.
Você não percebeu? Não sou eu quem te percebe enfim? Foi sim, eu quem te tocou por dentro e te preencheu os entres, sem tirar nada, sem que se tirasse de si. Pode continuar como este ser inacabado, que não se termina. Nem mesmo em mim.




Kate Polladsky

Tuesday, October 07, 2008

Tem um pouco seu no todo eu. Tem um todo seu no pouco meu. Vou te dando tantos tantos e nem te aviso. Gosto tanto que é melhor esconder. Já nem cabe aonde. Quer esteja onde quer que esteja e eu não te veja, e não veja tudo o que é. Interessa? É até suficiente não saber. Ou descubro, ou acho. E supõe-se que é melhor assim. Não ser pensante, ser apenas sensato. Sem laços constantes, só a constância dos fatos. Só o afeto do acesso fácil. Do dificil dever de gostar, por obrigação nenhuma, desordenado. Apenas por ordem do coração. Tem um pouco a mais do que deveria ter. Tem vezes que não se mede bem o que dizer. E não se diz o desmedido. Pra não ferir nem rasgar sentimento. Como corte de folha de papel. Quase não se vê, mas incomoda toda sua insignificância. Num instante se cria com o quê preencher o todo. Tudo isso sem molde, só a matéria-prima. Um querer simples e bruto. Sem sala de espera. Nem expectativa de nascer ou morrer. Fica lá tudo isso. Incluso no todo. No teu e no meu pouco. Cada um tem o seu. Às vezes é apenas um muito-pouco. Mas preencheu.
Kate Polladsky

Monday, October 06, 2008

I don’t know what love is. But I love you, just like this. And not just sometimes. I don’t know what it feels like to have you, but did you ever feel like mine? I don’t know how to move, how to explain, I don’t know what to say or how to look at you. But I know enough to keep you inside like my only living part. I don’t know how to please, how to avoid, how to stop acting weird. Every little thing you say leaves a mark. And I don’t know how to finish any feeling for you when I start. Just like nearly everything, I should try. But I give you all of me, and step behind. As I’m afraid that you’ll really take it, or never mind. I don’t know how to stay with you without willing to hide how much you got from me, I just throw a smile. Do you know the way I feel when you’re by my side? That I could stand forever close to you but I get on the verge of running away, on the inside? I give you too many excuses not to lose my mind. Too many halves, and I trace so fine a way to lose you, right? I don’t know what you want from me, when you don’t expect anything in fact. I don’t know what goes through your life, through your thoughts, through your heart. I don’t know which way to follow, which feeling suits you and I. Without hurting you with my unspoken passion, and too many words you’ll find. Without even hurting myself all the time. Often you confuse me, and it happens that you cause me damage with how you put out your words. I must be too silly, too stupid and thanks god there is you to tell me to stop. Thing is I don’t know how to deal with you, when it bothers me so deeply that I miss you badly, and I can’t disguise myself, no matter how hard I try to let it go, hopeful that it could help me, that it might be easier. Rather than not to hold you for more than just a while, to kiss you for more than just a threat, to hear you speak of your lovers from time to time. It is just fair that I don’t know what love is, when I don’t know how to love. But I don’t know how to name it all. I wonder what it means when you say “I like you”, is it more or less than we have to offer, without expecting a thing from each other?







KP

Wednesday, October 01, 2008

Vai morrer de queda, quando cair em si.
Passa, pensa. Passa. Nem fica assim. Nem assim fica.
Mas se me quiser, tenha.
E se não, um senão. Tem quem? Tem não.
Não quem me conheça. Ainda. Mas vai conhecer.
E vou apresentar a você.
Pra que você mude de idéia, e eu mude de conhecido.
Não adianta, de um jeito ou de outro eu vou morrer.
Da tua queda sobre mim.
Sobre queda: continuo caindo aos teus pés.
Morri.
Kate Polladsky
É uma porção sua que me assusta. Que me invade, não pede licença, entra e sai. Entre o que é meu, entre eu. Acontece que penso pouco, ou quase nada, quando te sinto perto. Longe demais, na verdade. É um pedaço seu que quero. Que me sustenta. Quase não largo teu corpo. Agarro tudo só em pensamento. A idéia disso me traz a você e me leva embora sem ti. Não sei até onde chego. Mas sei que chego saindo. Um impulso involuntário que me trai. Queria muito saber o que me decide. Sambo entre o ter e o não ter. Tenho pressa e tenho a paciência de quase não querer. Mas quero, não sei o quanto. Só sei quando eu quero. Não me agrada, não me desanima, me distrai, me constrói e determina o que vou fazer. Que, aliás, sequer a noção do quê. Não sei se te trago quando me resta apenas a mim e um cigarro. Não sei se te levo, na manha; não sei se te indago, se te pergunto respostas. Mas sei, que esse susto todo que me abraça de você, até esquenta. Até me cobre de curiosidade, até me descobre, coisas que nem julgava ter, nem julgava ser, nem julgava julgar-me. É uma porção sua em meu território. Nem te cruzo a linha, mas me deixo passar.


KP