Friday, March 31, 2006

Eu, não escrevo quando estou bem.
É o exato contrário, com toda sua imprecisão.
Que quer que seja, me atrapalha e eu nem tenho pensado muito.
Resolvi não me dividir mais, contudo jamais serei uno
E sinceramente, eu sigo em pedaços.

Escuto muito, tanto quanto não sou parte de nada que me dizem
Exceto quando diz respeito ao meu mundo, o qual nem sempre vivo nele.
Desde ontem, qualquer um, eu tenho estado longe.
Tenho quisto estar perto, porque eu sozinha, só quando os aborrecimentos me consomem.
Também aumentei minha torre de Babel, os sonhos vão alto, mas não tortos, não inclinados
pendendo a cair.

Agradeço ao meu inconsciente por não ter tido pesadelos enquanto durmo
me poupa por vive-los constantemente, talvez
melhor escapar da realidade num sono, e me deixar nele até que as costas doam.
Estou com medo de acordar para pesadelos ruins, algum que se repita.
Estou sorrindo e falando ausente por enquanto, além de me assustar comigo mesma
não garanto vivacidade, pasmo se eu reparar qualquer paz
ao menos a paz daqueles com quem me preocupo,
já que a minha ninguém faz.



Kate Polladsky

Monday, March 27, 2006

De repente, se hoje for qualquer dia, eu estarei fazendo as mesmas coisas e reclamando de quase tudo o que não posso. Ao menos posso admitir isso... (*sentimento de culpa*)

Além de pensar no que não posso; penso que não posso outras coisas, mas luto por elas porque eu me devo a satisfação de ter ido atrás. E talvez seja positivo que o mundo discorde do meu pessimismo exarcebado. Hoje e ultimamente, e especialmente: Dane-se. Eu quero ser pessimista pro mundo neste instante.

Mas eu não sou tudo isso, somente. Mudo tanto o que sei que posso e o que não posso, que deva ser mais prático deixar que eu nem saiba, e apenas existir.

Posso dizer que estar sozinha é bom, mas não posso querer isso o tempo inteiro. No fim das contas eu não sou tão minha assim quanto penso. Lamento depender de companhia pra perceber algo mais em mim além do que já é familiar, ainda assim, não sei se me conheço o suficiente para explicar como sou, alguém o faça se eu mereço... Por que só lembro de poucas coisas.

--------------------------------------------₤øv€ ----------------------------------------------

Eu esvazio metade mim para dar chance a quem queira de me completar, e a sensação é que comigo não dá certo. Eu sigo eterno meio vazio, meio cheio... Uma hora restarei só o que sou sem nada, e espero que fique tudo bem.

Até então, consigo querer sem ter, até o dia em que eu não queira mais nada e simplesmente resolva ter. "₤øv€".





Kate Polladsky

Tuesday, March 21, 2006

Não estou com vontade de escrever,
pouco me importa o que é bom e perfeito para você
eu apenas não sinto vontade de escrever.

As coisas sem sentido, sem ordem,
me dão um lugar diferente do seu
um canto no escuro, pequeno e meu
Eu tenho mais do que você.

Ontem eu chorei de raiva, chorei.
Faltou ar com nó na garganta
Se alguém tem de ser ignorado
é você.


Eu não afasto meus amigos
Eu não mudo da água pro vinho,
igonoro quem se importa comigo
Eu não irrito quem me faz bem
só porque eu posso estar inseguro
ou não confiar nessa droga de mundo
que hoje eu faço questão que você mereça.
Você é fraco porque erra e não sabe aprender.

Eu não estou com vontade de escrever.
E faço questão de não acreditar em você
queria ser sincera pra falar
mas eu perdi até a vontade de te ver
Estou escrevendo porque...
Eu me dou satisfação de tudo que me
desaponta.
Ultimamente, quem me desaponta é você.





Kate Polladsky

Friday, March 17, 2006



Se o mundo acabar é minha culpa.
Se não, também é minha culpa.


Por isso há dias em que durmo, e dias em que adormeço.
Kate Polladsky

Wednesday, March 15, 2006

Sob a minha condição calada, eu encontro um conforto entre palavras que me deixam continuar na minha busca insana a sensibilidade, que eu detesto não ter como explicar. Ou... tanto admiro que detesto ter que explicar aos outros o que não quero que se sintam na necessidade de entender.
Sempre, generosidade aos outros, esqueço de mim e me conformo sob forma de indignação.

Penso que quero tudo que não tenho agora, pra aninhar meu ego num raio de instante. Mas depois, pode ser que eu sequer tenha um ego para alimentar e tudo não passa de sonhar...
Sonhar é brilhante, é corajoso, é possibilidade de não ter e ter de se enfrentar com um espinho de decepção fincado.

Mas se ignoro, se ignoro sonhar sufoco-me até sonhar ter de volta o ar. Sonhar é involuntário.
E por causa dessa falta de controle, vivos.

Se eu não sonhar sempre, senão eu morro agora.

Mas eu vivo porque nesse instante eu posso apenas existir, e isto...já se foi.
Já sonhei ter estado aqui, e sinceramente não sei se a propósito estou.

Talvez, eu crie em mim uma certeza. Algo sem propósito, apenas para alivio por não ter.(inclusive, a certeza)

Algum dia eu paro, porque não aguento; não aguento esperar por soluções e isso... é o ápice do meu otimismo.

Ainda assim, sonhei.




Kate Polladsky

Tuesday, March 14, 2006

I always want to be there when you wake up
Fight my numb eyes to watch you sleep like a god
And kiss you sweet kisses untill we´re gone
Will stroke your hair and tuck you in
Give you love and almost everything
Because we´re as good as it seems
Dont want to be one without you
A lonely nonsense that ends up in myself
We´ll turn a mediocre world into our perfection
With anyone else´s help
Then lose our fears while walking hand in hand
Attached to both our heart beats
So sure we get along for longer
Above all the the certain things.

Kate Polladsky

Monday, March 13, 2006

O Anti Day-o
É bem verdade, a minha verdade, que depressão é como um amigo imaginário.
Tcharam! Criei. Quer seja o trauma ou o nojo do mundo mesmo.
O amigo imaginário, uma droga de amigo, apesar de tudo faz companhia.
Mas, companhia que acompanha apenas. O mundo fica excluído do ciclo de amizades. Que depressão precisa de um mundo, se este mas é muro que mundo. Ideal é dissolver na agonia única, só.
Fracasso pro amigo imaginário, é glória! Fazer uma besteira, como se matar ( isso é que é amor ao amigo! Puta companheirismo...) é o troféu.
Aliás, na constituição depressiva, consta a invasão de privacidade como um bem. É passível de aparecer e desaparecer no psicológico como surto a hora que bem entender, ou por estímulo exterior qualquer e insignificante. Acabei de me referir à depressão; (óbvio) ou mesmo " o Anti Day-o".
Day-o, day-o O amigo imaginário, compreender? Mas a versão moderna é Anti-day-o, em homenagem à doença do séc XXI, que compete com o estress.
Nisso tudo,estar feliz é o mesmo que estar triste, já que o intervalo de tempo de alternância entre um sentimento e outro é tão absurdamente minímo, que os dois praticamente se fundem em um só.
Depressão, é ... bio-física.
Mas bem, depressão, se vem da falta de compreensão, é mais fácil de aceitar; já que entender sequer é a solução, a solução seria... reconhecer a falta de compreensão e somente isso.
Depois que dá-se conta de que nada no mundo dá pra compreender, atrávés da lógica alheia, então se vive uma vida plena e compreendida; " plus" o fato de que o Anti Day-o finalmente vai embora, brincar em outro parque.
Acaba por livrar-se do coitado do amigo imaginário, a depressão. Que nada fez além de ajudar... Se não fosse por ele, estaria na busca de compreensão até meados de sempre.
Uma espécie de busca ao elo perdido.
Talvez, resumindo... Depressão seja a solução, bendito-maldito AntiDay-o.
Ah claro, pelo menos seria, se não ouvesse o custo de tudo isso.
Anti Day-o ( depressão) não é pouco-inteligente de fazer o favor de graça; é trabalhador autônomo-parasitário.
Também pode ser considerado uma aposta entre amigos... Algo do tipo: " Eu vou te ajudar a ser compreendido e sem problemas, mas você tem que me aturar muito e isso também me dará o direito de ficar com sua sanidade, equilíbrio emocional, ou dependendo do caso, até com sua desistência da vida efêmera.
Se você conseguir, eu vou-me e você terá aprendido muitas lições, a ter auto- respeito, amor próprio e a lutar por seus objetivos e resolver os problemas sem solicitar minha presença. "
Emfim, pode fazer sentido, entender não é a solução e compreender e ser compreendido manda o Anti Day-o embora.
Kate Polladsky

Thursday, March 09, 2006

Cansa não ter tempo
Cansa só ter tempo
Cansa esperar, cansa.
Cansa ser certo, ver tudo dar errado
Cansa só amar, ser só mas amado
Cansa escutar, cansa falar que é só cansaço
Arte cansa, caos cansa
devagar e sempre.., com fé se alcança...
Mas cansa acreditar, cansa morrer de explicar
Cansa sofrer, se conformar
Sem perdas, só ganhar cansa
As mesmas mentiras, as mesmas esperanças
Cansa fugir, cansa a cobrança
As mesmas lágrimas das mesmas lembranças
Cansa saber que não muda, que se perde o mundo
Que a vontade de gritar é muda
Que ainda cansando se continua cansado
Cansar-se de fato, cansa.
Kate Polladsky

Wednesday, March 08, 2006

Um velho texto...Para um velho eu que se extende.
Eu aprendo com os textos, e continuo errando, para escrever mais.
Eu amo minha dor porque ela não é doentia, tira e dá.
Talvez um saldo nulo, mas não é nada (vazio), e eu tenho muito.

Finalmente, depois disto, o texto... E por fim, os confins.

Distraio-me e vou.


Tenho tido pesadelos, tenho sonhado demais.
Não tenho você, não mais.
Tenho saudades de uns,e na verdade de outros, falta.
Tenho ficado sozinha, tenho falado besteira.
tenho sorte as vezes,tenho tido raiva,
tenho pensado em você, tenho sofrido por isso
Tenho andado perdida, tenho sequer saído
Tenho o lamento ainda, tenho procurado saída
Tenho o que poucos tem, não tenho o que queria
tenho pensado, tenho chorado,
Tenho a minha verdade, tem sido difícil
Tenho as mãos vazias e o coração apertado
Tenho quisto o amor de novo, mas tenho deixado
Tenho ficado acordada, tenho medo
tenho precisado de companhia, tenho os retratos
tenho os dias, tenho a noite ainda, ainda é cedo
Tenho fantasias, tenho a realidade fria,
tenho me arrependido daquilo,tenho andado esquisita
tenho tempo, tenho esperado, tenha dó
E tudo o que eu tenho agora, é a vontade de não estar só.
Kate Polladsky

Monday, March 06, 2006

Eu me colocaria aos pés e beijaria as mãos de certas pessoas, não como forma de submissão, jamais; mas como forma de agradecimento imensurável, por qualquer coisa que me complete.

Umpf... Eu não sei porque criaturas como Fernando Pessoa, Clarice Lispector e Pablo Neruda se deram ao trabalho de escreverem algumas biografias minhas, mas eu não sei por onde começar a agradecer. Tenho o maior prazer em me perder e me encontrar nas palavras deles, tenho o prazer de me sentir solitária e não tão bem e/ou compreensível ao lado deles, de escrever a dor e as faltas de lógica que no fundo, fazem todo o sentido possível. Sim, todo este parágrafo pode servir como um link subjetivo a quem queira ler qualquer coisa deles, ainda que não goste, mas para lembrar de mim. * não foi minha intenção ser narcisa ou esquecida, nesta frase*.

Eu quero, porque não tenho motivos complexos para querer; e vou postar parte do que considero pedaços da minha biografia contidos na minha bíblia literária (yes, i really mean it) :
" O livro do desassossego", by Pessoa.
Não porque seu conteúdo seja a trascrição do meu dia hoje, mas o meu hoje é sempre, e isso inclui todos eles, começando por um ontem qualquer.
Não sei com que olhos analisar isso, e pode ser que tradicionalmente eu me arrependa, não sendo exatamente o que eu quis dizer, ( "dèja vu do entendimento", correspondente ao meu 1° post), mas mesmo assim...

Continuando... Pode ser que tradicionalmente eu me arrependa, mas posso dizer, sob forma de auto-atrevimento, que meu tédio, meu eu cético e pessimista de alguns dias, ou seja: às vezes, ou talvez ocultamente sempre, movem minha criatividade, pensamentos, filosofia própria e mundana e o que talvez os outros devam chamar de auto-flagelamento, ou simplesmente idiotice, falta do que fazer, mente vazia... Que seja, " i don´t care if you don´t care".

Finalmente! Eis o bendito pedaço do texto de Pessoa, que eu vou ter a satisfação de lê-lo sempre que abrir a página principal.

" Acordei hoje muito cedo, num repente embrulhado, e ergui-me logo da cama, sob o estrangulamento de um tédio imcompreensível. Nenhum sonho o havia causado; nenhuma realidade o poderia ter feito. Era um tédio absoluto e completo, mas fundado em qualquer coisa. No fundo obscuro da minha alma, invisíveis, forças desconhecidas travavam uma batalha em que meu ser era o solo, e todo eu tremia do embate incógnito. Uma náusea física da vida inteira nasaceu com o meu despertar. Um horror a ter que viver ergueu-se comigo da cama. Tudo me pareceu oco e tive a impressão fria de que não há solução para problema algum.
Uma inquietação enorme fazia-me estremecer os gestos mínimos. Tive receio de endoidecer, não de loucura, mas de ali mesmo. O meu corpo era um grito latente. O meu coração batia como se falasse. "

Agora volto a escrever. De certo perfeição é algo bastante subjetivo. Pessoalmente, esse texto está num grau de perfeição que me acanha e faço questão de apenas vivê-lo. Sua descrição lógica e sensível daquele estado de espírito, que também é meu, assusta pela precisão com que me faz re-ler palavra por palavra como quem acaba de encontrar um apoio, uma companhia que parece dizer: " Você não sabe explicar ou entender a si mesma, mas eu te entendo, sei como é perfeitamente". Então eu quero acreditar que compartilhar a mesma dor (vamos chamar assim) é o caminho para um alívio mais fácil, mas admito, não é a cura.

Isso era tudo, de imediato. Mas sempre será o mesmo tudo, para os dias que venham sob um espectro de tédio e desânimo.


* Esvaio-me*
Kate Polladsky

Thursday, March 02, 2006

Eu estou perdida, uma falta de caminho, ou este pouco esclarecido,
talvez de tanto estar na cara. Ironia lógica.
Sensação de falta de identidade.
Eca, meu deus, é quase um prognóstico, coisa doentia, espero que se vá.
Tudo me parece escuro, meu humor é e não é alguma coisa.
Um éter qualquer que se esvai, uma fortaleza qualquer que se constrói.
Um meio termo qualquer desse qualquer coisa que nem deve ser.
Hoje sou uma via de mão dupla, que sente falta de mais mãos para seguir
que sente-se de mãos atadas.
Eu não sei o que sentir, não sei dizer o que sinto.
Busco desesperadamente alguma definição pra não me sentir... assim, como estou.
E não dá pra escrever, não posso fazer tudo nessa vida.
Vamos lá... Precisa saber o que é a vida? Tem dias em que eu preciso sim.
Não sei porquê, apenas acho que preciso.

Um surto.
Quero companhia.
Também quero explicações, quero algo simples que não precise de explicações, nem que precise eu explicar-me.
Satisfação. Praticamente uma pedra rolante.
Nada vem de quê? Porque o nada como desculpa/explicação me preenche um vazio danado.
Talvez. Como um amigo.
Com certeza talvez, a filosofia do meu dia sem som noturno.

Eu me ameaço dormir, me dopo em sono e não digo a verdade que na verdade é: Eu queria dizer que estou sofrendo um processo de insônia. Não tenho pra quem dizer, e aos pouco soa doentio. Mas eu quero não ter que dar explicações.
Então, esvaio. Eu-éter, já não mais aqui.
Mas com certeza talvez sempre estarei no mesmo canto.
Isto não é uma perspectiva.
Um fim, de surto.
Kate Polladsky
ESTAMOS ENTENDIDOS, (...) OU NÃO.

Não pode haver no mundo alguém mais eu-mesma que aqueles que me escrevem em suas palavras, de diversas maneiras únicas, o que eu não consigo escrever, porque não entendo ou simplesmente não entendo como poderia escrever para que eu seja entendida.

Talvez por isso eu pouco deva falar. Quando falo me assusto. Não era exatamente o que eu estava pensando em dizer.

Digo, faz sentido, mas acaba de desmanchar todos os planos que eu tinha em mente pra falar. Algo novo se formou e destruiu, e destruiu-se? Isso é horrível. No fim eu não consegui nada do que queria, mas pelo menos falei ,certo?

Então, eu digo, com mil palavras, com sentidos que fazem sentido mas que depois se desmancham, ficam mal ditas, mal interpretadas, esse é um medo.
Depois nada posso fazer para voltar atrás e desdizer o que eu disse, só porque pensei numa ordem diferente algum instante depois.

Eu não sei, mas então é como ordem de fórmula matemática, e bastante trabalhosa.
O que eu quero dizer é uma variável isolada, a estrela e razão de tudo que quero que entendam.
O que digo são as outras variáveis que não consigo ordenar de forma alguma, cordenando o pensamento e as palavras. Algo se atropela. Tudo se anula, e eu me arrependo.
Bate no juízo algo do tipo " não era bem isso o que eu estava pensando, porque raios falei aquilo?!"

Como se chama esse sentimento confuso (se é que é um sentimento), de estar tão claro, decidido num instante, pronto pra explodir-se em entendimento; e só pra intrigar, algo falha entre as palavras, as idéias mudam num instante, mais rápido que um instante, e já não é o que pensei ter dito o que foi literalmente falado?

Uma ilusão de entendimento que eu simplesmente... não entendo.

Oh, acabo de buscar apoio. Veja o que Clarice Lispector escreveu para que eu me entenda em coletivo:

" Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: pelo menos entender que não entendo."

Como se alguém me explicasse sobre eu mesma as coisas que procuro entender e não consigo. Inquietante, eu agora tento explicar tudo isso e provavelmente daqui a um instante qualquer, vou querer voltar e desfazer alguma coisa dita, porque o que eu pensei já não faz mais parte do entendimento que eu queria provocar.
Assim, peço de joelhos a mim mesma, entenda-me e explique isso de alguma forma. Mas não é um caso de sucesso. Depois de tudo isso, entender os outros é piada, quase um jogo de uma regra só, de complexidade única e solucionável.

Entender o que eu disse é com certeza sequer ter chegado este fim aqui e agora escrito. Diabos, o que a cabo de dizer faz-me sentido, mas não entendo.
Talvez seja isto! A distância entre " o fazer sentido" e o " entender". Eu vivo esta distinção, acho. Por isso devo ter particularmente essa ilógica lógica de pensar e escrever o que utopicamente ,e num instante brusco, me faz sentido e que talvez eu pense entender.

Sinto um alívio agonizante por ter esclarecido tanto sobre o que eu não entendo.
Acho que sou um gênio ilógico da minha própria vã filosofia sem sentido e entendimento algum. Mas sim, falei o que queria ter falado e que posteriormente deva, inclusive, me arrepender por ter esquecido de incluir algo mais, por ter atropelado outras, por ter resultado algum tanta falta de entendimento que apenas perdurou em algo do tipo " fez sentido enquanto eu pensei" mas depois não foi o que eu queria ter dito.

Ótimo estamos entendidos. (...) ou não.





Kate Polladsky