Thursday, July 31, 2008

28 De Septiembre


Nem tão longe e nem tão perto
Mas volte
Não me traga nada
Noticias quem sabe
Não é muita coisa
Apenas volte
E me conte tudo
Me mostre tudo
Me ensine tudo que desaprendi
Me reconheça ao menos
Não me volte o mesmo que deixei
Renasça e viva
Por um instante ao longe
Não me volte santo nem monge
Do jeito que for, volte.
Não sinto saudades, acho que sinto falta
Não te sinto, não me sinto sua
Volte pra esse lugar de gente malta
Não sento um instante
Rodopio entre paredes
E se debatem em minha mente
Algumas coisas sobre você
Algumas das quais já sabia
Outras das quais nem sei
Volte e encontre minha presença sã
Não me considere, não me desespere
Volte em meio ao caos
Com calos, caminhos ralos
Sozinho ou enfim
Volte
Com tantas voltas que o mundo dá
Entre encontros e desencontros
Um mal-estar
Não por mim ou por nós
Mas um dia por um momento a sós
Descartar conflitos e desatar os nós
Largar tudo à própria sorte
Vai por mim
Volte



Kate Polladsky
E fui fechando os olhos pra esquecer
Quem parte nunca sabe o que parte e o que fica
Nada resta e, sobretudo nada teve.
Por que fechar a porta aberta?
Por qual brecha foge o tempo?
Por que flechas não erraram seu destino?
E me acertaram em cheio
Agora eu quero o copo meio vazio
E o quarto, não me importa se está frio.
Esmolas de amor não me completam
Melhor estar sozinha e pelo meio
Estou aprendendo a me entender
Aprendendo a guardar memórias
E não aguardá-las
Não porque quero, nem porque preciso.
Mas porque não me vejo reduzida a escória
Ao desamor me apego
E ao amor me apago
Diante disso não me cego
Não me deixo, não me salvo.
E fui fechando os olhos pra esquecer
Até que eu não tinha tanto pra perder
Não somo muita coisa sem você
Diante disso não lhe deixo
Não tão cedo
Ou não me salvo
Em tom de desrespeito
Um abando próprio
Atiro no que sou, eu sou o meu alvo
Uma inconstância se exprime
Tudo que me faz se deprime e
Nada no fim se desfaz
Ou se conduz à luz
Ou se deduz que é amor
Nem meu e nem seu, amor.



KP

Friday, July 18, 2008

My life is a song of despair.
I´m now homeless in me
and all Iam is you without you
K.P

Wednesday, July 16, 2008

Once in a while I feil
But hardly ever I take it
Once in a while I demand
But hardly ever accept it
Sometimes I make it
Sometimes I fake it
What you see is what you get
Unless you´re blind like me
Or blind like that
To trade the ones you know
For the ones you met
I´m normally breakable
But daily Im stronger
For me no heart is avaible
And no joy lasts longer
Once in a while I fall
But I hardly ever kneel
Once in a while Im hurt
But I hardly ever feel
Sometimes I try
Sometimes I let go
Sometimes I rush my life
But now I make it slow
Then maybe I know what I seen
And maybe it was between and between
There are times I force the pace
And times I lose my place
So there are times I run
And times I wait
People with whom I get along
And others for whom is too late…



Kate Polladsky

Friday, July 11, 2008

Espero que quando você volte me explique o que é saudade. O que sinto não sei se sinto, mas sinto sua falta. É verdade. Vou estar aqui em branco, vazio. Até que eu adormeça esperando, cantando músicas sem nexo. Lembrando ou inventando lembranças que ainda vão acontecer. Porque quando você está aqui vou me construindo. Você me dá respostas que não peço e tem até o que não procuro. Você me escreve por dentro o que outros me escreveram no verso. Não é estranho? Não é fato, nem boato, apenas é. É que, de vez em quando eu me torturo. E quando você me encontra eu estou sempre no escuro. Eu só, você sol. Tanto faz, é tudo único. Eu pensei que fosse esquecer de você. E olhe só, parei de pensar em qualquer coisa a seu respeito. Quando me perguntarem vou me calar, vou sorrir e sei que vão entender.
Algumas pequenas coisas vão fazendo sentido. Coisas minhas que eu dispenso, você aproveita e transforma em elogio. Como podem ser tão grande as pequenas coisas?
Como quando você anda ao meu lado, eu esqueço pra onde vou. E se um dia me importava o destino, sei que é porque estava só. E então, pra onde vamos agora?
Amor me deu respeito. Não sei se você percebeu que comecei a viver. Vivo esperando que você ligue, vivo querendo dormir menos pra ficar mais tempo contigo, vivo dando o melhor de mim pra que você se orgulhe, vivo fazendo mil planos, vivo pensando se daremos certo, sem me dar conta que você me mantém vivo, e nisso foi que acertei.
Quando você volta? Eu estou menos vivo na verdade. E tem aquilo de saudade, que eu tenho que te explicar...

KATE POLLADSKY




Thursday, July 10, 2008

I´ve been caught up in a wave
Crashing feeling and the way I behave
They spoke senseless words in your ears
And look what we were reduced to, after all these years

I feel tired and indifferent
All these things they make no difference
So I´ll leave my heart in the ocean
And my feet on the rocks
Because I´m the breeze in motion
And the sunset on the spots

When I´m high and free
the world is the water under me
And If I´m knocked down
It´s still just here and now

I´m going to where the wave bends
That´s where my life starts
That´s where my problems end
My heart no talking mends
I´m going to where the wave bends

My presence´s a matter of trust
I´m a one free man that no love will rust
The dust of it all perhaps the wind sends
So I´m just goin´to where the wave bends


Kate Polladsky

Monday, July 07, 2008

There is no transformation
Or self resignation
That could mend my heart
Or stop us from setting apart
Every single piece of who Iam
When I´m with you
The world is still happening
And what is happening to me?
I still don´t fear the results
I still don´t get the insults
That comes out of myself
But oh, I feel a little death
As if it was part of my health
I gain no benefits
But sleeping through my life
And skipping up to the part
When I just lay
And let love be lame
Or not so far from it
A distance between the failure and the future
I walk out of it no more
With my bare foot on the tightrope
I´d rather just fall
And force the end
Like I do when the rope bends
I´m happily groundeless
The ground catches me when I fall
And that´s the further I ´ve been
By carrying love with me around
How does it sound?
Im a one player team
and you´re playing hard against me
That´s what we´re all about
I love you simply
You leave me simply
That´s love, no doubt.


Kate Polladsky

Wednesday, July 02, 2008

Isolar-me para que não se transforme em vírus a minha dor de mim mesmo. Criar uma barreira ante as adversidades, antes da verdade se mostrar adiante. De hoje, de antes. Pouco mudou. Apenas me poupo mais, bem menos do que sou capaz, mas meu rapaz não vai voltar. Nem vou voltar atrás. Como arraso cíclico, como sempre fiz.
O que é meu não é mais. O que não é, tanto faz. E o que poderia ser perdeu-se de si.
Por que é tão profundo o abismo entre o que quero e o que sonho? Por que simplesmente não acontece no escuro? Algo sempre tem que deixar de ser visto.
Revivo vários pedaços que não se juntam e nada são.
Reintegro-me como que por lazer, para ter algo a desfazer, cedo ou tarde. Um corte que arde.
Então cessa, mas nunca se fecha, não me dispensa de haver. A ver ninguém que por perto esteja, e que por certo seja bem mais do que a soma de mim.



Kate Polladsky