Sunday, June 25, 2006

Tanto já me resumi a este poema, tanto me resumo a Pablo Neruda, a Pessoa e Lispector...
Esse é apenas um de tantos poemas de Neruda que me calam e me tomam nos braços desde...Desde aqueles dias daqueles anos.
É outro acaso agora, mas amor é uma angústia só, só de única e de solitária.
É menos triste do que já fora antes. São melhores as lembranças e maiores as saudades.
Que pelo menos não me abandone a verdade que não consigo deixar partir.
Que valha a pena continuar, se puder ser contínuo.
Se eu não for o único suporte de tudo.



I Do Not Love You Except Because I Love You

I do not love you except because I love you;

I go from loving to not loving you,
From waiting to not waiting for you
My heart moves from cold to fire.
I love you only because it's you the one I love;
I hate you deeply, and hating you
Bend to you, and the measure of my changing love for you
Is that I do not see you but love you blindly.
Maybe January light will consume
My heart with its cruel Ray, stealing my key to true calm.
In this part of the story I am the one who Dies, the only one,
and I will die of love because I love you,
Because I love you, Love, in fire and blood.


(Neruda)





Kate Polladsky

Wednesday, June 14, 2006


Por todas as vezes que me pergunto o que temo
Temo que não haja mais perguntas a fazer ou a quem perguntar
Temo que o que temos não mais nos pertencerá
Que todos os apegos sejam puro interesse e que não haja nada tão sincero a se considerar
O mundo range sobre poucos apoios
E Ninguém se disfarça de todos
Dá-se de mãos beijadas a fonte da verdade
A verdade de cada um e sua dignidade
Perde-se tempo, honra e a vontade de continuar.





Kate Polladsky

Saturday, June 10, 2006

Uns não deixam por que sentem medo
Outros deixam-se sentir medo e deixam
Conselhos talvez não construam
Talvez destruam uma lição
E anjos não voam
São libertos por si só
Uns se perdem
Outros não perdem nem as perdas
Quem tem demais
Tem mais a perder
Uns querem viver mais
Outros querem sentir-se mais vivos
Assim, como tudo
nada se vai, apenas alguns.. Abandonam.



Kate Polladsky

Thursday, June 01, 2006



Eu não tenho tido inspiração.
Tenho escrito e escrito, um grito sem ação.
Talvez seja mesmice, ou seja coisa nenhuma.
As vezes apenas é saudade, que não me deixa pensar.
Nada se renova, nada é muito novo...
Deve ser eu quem se acomoda num mundo antiquado.

Ontem foi hoje e eu fingi que não sabia,
Teria eu algum motivo para chamá-lo de amanhã?
Quisera eu ter algo que não tenha tido ainda, até raiva
Só pra variar.

Temo os meus mesmos passos milimetrados
E alguns retrógrados,
Eu sei que não há "muito" o que conquistar do passado
É morto e vivido
" Pós Scriptum" : É morto e existido.
Mais adequado a esse espírito que escreve e pouco cria.
Apenas segue...
E cegue dos lamentos, por favor.

Eu-Ido.





Kate Polladsky