All my life hating every cigarrette, but the cigarrette in your mouth.
kp
Friday, January 18, 2013
Tuesday, January 08, 2013
Esse seu coração que se contorce. Só, cai na graça e descarrega tudo que sente e se maltrata feito escravo, escravo rico e reticente que corre frouxo quando a encontra e não se assume quando perto, que a reconhece bem de longe e se alonga em concreto; é rígido e quente, até ensolarado, sal adocicado que adormece num se pudesse, perdendo por pensar empossa o medo em suas cavas e sonha que já não é cego, vê tanto quanto lhes parece e perece aos poucos no incerto. Não olha por si mesmo porque não era pra ser simples, por mim só ora se for morto e só retorna se for farto, esse seu coração que sou eu mesma e não se emenda de ser torto que quando ao menos ele tenta, torna tudo tão piegas e pigarreia o seu segredo pra que não notem sua vergonha. O coração pra sempre atento: quando chegar ou dar a volta, pela brecha ou pela porta, entorta todo o seu olhar e inveja o mundo que a toca, mas em trancas de si entoca seu pensar. Esse seu coração que cospe a cisma engole a seco tudo que de mais ligeiro imaginar ele ouve a música a mesma a esmo e se ordena de amar, é mais do mesmo de um nada novo e de um sono sem acordes ou acordar; é um retrocesso é um bocejo já está cansando e se deixando pedaço aqui pedaço lá, por seu tropeço já até cômico porquanto atônito e aturdido arde de calma e inflama tonto, é tanto espaço e tanto espanto, seu coração atrai sinais que se aproveitam e se promovem, também se atrasam e significam. Eu não entendo e então recalco, capitulando as vezes que se calou. Coração em crise, que só acontece por acaso, mas endurece e vira rocha, rocha de basalto que brota reles...à esse coração serve a esse coração serve.
Kate Polladsky
Kate Polladsky
Thursday, January 03, 2013
A cabeça em outro lugar,
o corpo em outro país,
o coração aonde você está.
Metade miserável, metade feliz.
Sou alguém que segue
E que por isso sangra
Que se sobrecarrega
dessa saudade sobre-humana
Dessas coisas que inventa
De fazer, de ser e de será
Alguém que cega e se engana
Que inseguro, se segura ao que ama
Com a cabeça em outro lugar
O corpo em outro país
O coração aonde você está
Metade eu diria, metade eu fiz.
KP
o corpo em outro país,
o coração aonde você está.
Metade miserável, metade feliz.
Sou alguém que segue
E que por isso sangra
Que se sobrecarrega
dessa saudade sobre-humana
Dessas coisas que inventa
De fazer, de ser e de será
Alguém que cega e se engana
Que inseguro, se segura ao que ama
Com a cabeça em outro lugar
O corpo em outro país
O coração aonde você está
Metade eu diria, metade eu fiz.
KP
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