Monday, December 29, 2008
Não quero iludir meu coração com sentimentos repentinos, mas sei que vai acontecer sempre e outra vez. Sem querer ser fraca mas já sendo, amarei tanto ou mais do que sempre amei. Amor é uma fraqueza, mas não é um fracasso. Não necessariamente. Em alguma brecha desse todo mora uma luz que me fortalece.
Não vou esperar que descubram minhas esperanças. Elas estão espalhadas por aí. Já estão em evidência.
Não vou forjar o momento. Ora, espere. Ou me erre.
Não vou, um monte de coisas. Não tenho porque me cobrar tanto, sei que não sou menos do que realmente sou.
KP
Friday, December 19, 2008
O que adianta é esquecer, deixar pra trás.
Houve aquele momento em que eu era ênfase.
Houve aquele instante em que eu te ganhava aos poucos.
Agora, nem palavras. Nem olhares. Nem presença.
Perde-se e morre toda e qualquer chance de que seu mundo
abrace o meu, e você beije meu rosto, beije minha boca, beije meu amor que ora cresce, ora despenca.
Perde-se e morre toda e qualquer chance de que você seja doce, delírio, motivo, casualidade, vida.
O querer se extende, entende?
Porém agora não adianta. Não mais.
O que adianta é esquecer.
Deixar pra trás.
KP
Thursday, December 18, 2008
Deveria ter me esforçado mais, deveria ser menos preguiçosa, deveria sim ter dado uma de doida e talvez assim, eu não estivesse chegado na reta final me perguntado o que eu deveria ter feito. Arrepender-se por não ter feito! Insegurança, desconfiança, fragilidade, frescura. Enfim. Quando a minha depressão natalina passar, espero aprender a falar mais o que consigo escrever melhor ainda, espero me confundir menos, espero me permitir não esperar tanto, e perder. Espero aprender a dar não, e a ser mais generosa comigo. Aprender a vangloriar menos as pessoas, elas vão sempre te decepcionar. Fazer mais amigos, muito mais amigos. Amizades fiéis, que me ligue de madrugada, sóbrio ou não, apenas pela confiança, conforto, saudade, vontade de falar com alguém que entenda e haja consideração. Amigos pra fofocar, conspirar, xingar, discutir, rir e casar as almas. Caso contrário, ter um cachorro seria mesmo o ideal. O espírito de natal é um tanto assombroso, sinto- me mais racional do que espirituosa. Depois passa, em algum momento eu me encontro. Ou penso que sim. Boas festas!
Monday, December 15, 2008
Um momento de surto.
Um puxão de orelha não
Um alguém que me puxe pela mão
Me abrace forte, me ataque a jugular com beijos
Me decodifique em um minuto de olhar, me alimente o mistério.
Vai saber se o que eu quero é simples, é cabível, é causável.
Dois corpos e uma parede
Muros jamais
Palavras de efeito
Aliança à física, aos místicos, aos corpos.
[O explicável, o crível, o desejável]
Não depender de momentos sãos
Ser o impulso desregrado e o sustentáculo
Um sorriso conquistado, nada absolutamente forçado.
Refazer-se espontaneamente melhor
Sonhar, sonhar muito.
De olhos fechados e abertos.
De posse do mundo, com os pés no chão
E o chão flutuante, uma ilha.
Vai saber se o que eu quero
É o apenas.
De novo a pele e o momento
A paciência com a inexperiente falha
O objeto desmaterializado em sentimentos
Cabelos lisos que escorrem entre os dedos
E dedos que se cruzam, se fecham para um destino em comum
Reafirmar-se num querer carnal, desmoralizar-se dos medos
Numa verdade própria, na criatividade em acordar a criatura
Com o poder do calafrio e do café quentinho
Com a magnitude do amor de pequenos atos
Somente a vontade de conhecer
Um e outro. Um ao outro. E seu respectivo querer
O que eu quero eu não conto cada
Conto para ir ao encontro
Vai saber...
KP
Uma certeza calada, viva, boba.
Não consigo saber do que se trata, e essa certeza me maltrata por dentro.
Eu não a quero? Não agora? Eu não a sinto, eu não a tento?
Perco todo o meu tempo revivendo dúvidas, eu não entendo.
Sinto como se tocasse, que na minha confusão mora um desejo.
Um desejo simples, dependente, meio louco e descrente.
Mas desejo é desejo. Aquela coisa que cresce quente e te imobiliza toda.
Que te faz refém em si mesma e não te deixa pensar.
A minha confusão me vandaliza por completo.
Será então que tudo se fundamenta num desejo incerto?
Kate Polladsky
Que eu não plantei a culpa, não tenho feito nada de errado.
Que desconheço sua doçura, sua atenção, sua pessoa.
E que canso. Finalmente canso.
E não te digo, porém me afasto.
Te perco de vista.
O trato que tenho comigo é o de não ser insistente e não mais adoecer de amor.
Sinto agora uma pontinha de dor, que tornar-se-à passado.
Eu que detesto passado também.
Enfim, passar bem.
KP
Friday, December 12, 2008
Minha seriedade se confunde com tristeza, vergonha, conveniência, mau-humor ou doença. Apenas sei ser cômica, irônica e sarcástica. Mas se precisar, aprendo a ser séria.
Wednesday, December 10, 2008
Mas chovem sobre mim e me apago por dentro.
Torno-me aquela sensação de quem sempre teve luz e a perde.
Indaga-se: O que aconteceu?
Torno-me breu.
E me rompo à pressão da água.
Torno-me fria.
Lavada.
Escorro na angústia deslizante de não saber aonde se vai.
E quando caio em restos e impurezas
Dou-me conta de que sempre volto
Ao fundo de mim onde me aqueço.
Let’s even say that she fears happiness and therefore will always be on the verge.
I’m afraid she’s not used to be loved, considered, wanted and such. It must be really strange and uncomfortable to have someone after her to give her shelter and a ride in paradise. She just sneaks out! What monster is that she sees all the time? Why can’t she be blind and accept the touch and the whispers instead? By trying to see the best, she’s living the worst. The best might be blurry now, but it’s there. And I find no way to open her eyes. Maybe she’s in pain, in a real pain, I don’t know. I am. I say, I understand her. I need her. But she doesn’t know what it’s like to need. With body, heart and soul. All together burning in the same hurry. How dare you love to be so slow?
Dependo dos meus erros pra viver.
Dependo de toda essa imperfeição que me dói e me ensina.
Kate Polladsky
A terminar com eu te amo
No meio termo, não sei o que escondo.
Se é vivo ou se resistirá até o fim.
Espero que não morra dentro de minhas mortes.
Espero que dure o suficiente
Para que eu não tenha mais que pedir desculpas.
Por enquanto, me desculpe.
Eu te amo.
Kate Polladsky
Tuesday, December 09, 2008
Thursday, December 04, 2008
Quando sua dor é meio fome. Que embora seja sua, por dentro ela te come. Aí você já não a alimenta mais.
Quando você se apaixona e acha que ama. Aí a paixão te engana, e então por isso você já não sabe se amará mais.
Quando você acende uma luz dentro de si mesma, e vem alguém que não te conhece, te anoitece. Aí você já se perdeu demais.
Quando por fim, você acorda e vê que tantas horas felizes já não são tão felizes agora. Aí você vai embora e leva um vazio a mais.
Kate Polladsky
Wednesday, December 03, 2008
Monday, December 01, 2008
Você não presta atenção ao que sinto. Nem mesmo eu, presto pro que sinto. Sinto-me pretensiosa, quanto atrevimento sentir tudo isso. Chega a pesar, a pender meu coração; uma laranja, meio azeda, meio doce. Indecisa do gosto que tem, por tua causa, fica lá pendurada. A casca respira, o interior cresce forte sem saber do que nasceu, sem saber do que vai morrer. E um dia, eu sei que poderá apodrecer na dúvida; por não fazer sentido. É bem esta, a natureza do que sinto. Mas eu demonstro esse monstro tonto. Amor idiotizado no seu tanto faz. Você é distraído demais. Indiferente demais. É demais pra mim. Se sentisse o que eu sinto, sentiria-se pouco importante, impotente, imperfeito e impertinente. Faço papel de sentinela, boba e esperançosa. Esperando que você sinta algo por mim, nem que seja um sinto muito. Nem que seja, eu não sinto nada por você.
[Kate Polladsky]
Uma palavra para significar,
Um sentimento pra entender,
Uma vontade de saber,
Era uma vez eu e você...