Monday, December 29, 2008

Não vou me afobar, se você voltar tão diferente. Se voltar distraidamente me errando.
Não vou me questionar se não encontrar em você as respostas, não vou me perguntar, me encher de por quês, por que iria?
Não vou sofrer por que desacelerei meus passos durante os dias, e agora quem espera por mim? Não vou deixar de cantar, porque a banda parou de tocar. Cantarei indiferente, assim mesmo.
Não vou arranhar meu ego, enquanto tentava aveludar o seu, ou o de outrem.
Não vou comprometer minha verdade, pela verdade de ninguém. Ninguém é cem por cento verdadeiro. Nem comigo, nem consigo mesmo. Mesmo assim, farei um esforço enorme para não mentir. Não sei mentir tão bem quanto sei ocultar uma verdade. E não vou me prender a julgamentos. Verdade seja dita, o silêncio é o próprio escândalo. Então serei escandalosamente discreta com algumas verdades. [Silêncio]
Não vou materializar meus apegos, não vou humanizá-los demais. Acontece que me apego fácil, e não quero viver de menos por isso. Lembrarei de amenizar meus apegos, entre os extremos.
Não quero iludir meu coração com sentimentos repentinos, mas sei que vai acontecer sempre e outra vez. Sem querer ser fraca mas já sendo, amarei tanto ou mais do que sempre amei. Amor é uma fraqueza, mas não é um fracasso. Não necessariamente. Em alguma brecha desse todo mora uma luz que me fortalece.
Não vou esperar que descubram minhas esperanças. Elas estão espalhadas por aí. Já estão em evidência.
Não vou me prometer aos seus anseios, não vou me promover na sua dor. Não vou fingir que quero o que não quero. Já fiz isso pra agradar a um e outro, já me arrependi horrores.
Não vou forjar o momento. Ora, espere. Ou me erre.
Não vou, um monte de coisas. Não tenho porque me cobrar tanto, sei que não sou menos do que realmente sou.
Não me interessa ser em excesso, ter em excesso. Mas ás vezes faz bem, ser excessão.

KP

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