Monday, September 17, 2007




Qualquer conquista me apavora
A temer qualquer desmerecida vitória
Desmerecida pessoa no meu lugar
Ainda desmerecido eu no lugar
Enfim, eu não cobro entendimento.
Eu dobro o sentimento dentro de mim
Que pasmem, eu nem me lembro e fim.
Aquela que não sou eu, chora
Aquilo que não é meu, volta
E me deixa sonhar
Que se talvez eu mudar...
Mas nunca é hora
E eu só me perco ao pensar
Misturo as bolas
Já estou distante do que queria falar
Aí me calo, me estranho
Acordo e num canto de algum lugar
Eu mesmo tento, e sobrevivo de tentar
Mas nem sempre vivo,
Quem vive não somente sonha
Acorda e deixa marcas
Enquanto eu martelo dúvidas e jogo pedras
que arranham onde caem,
nem sempre erro, nem sempre acerto
Odeio esse meio termo que me distrai
Muito bem, não sei que diferença faz...
Mas do que qualquer coisa
Eu me deixo em paz.




Kate Polladsky

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