Tuesday, May 12, 2009

Apagou-se o mundo lá fora.
Que chova, que chova tudo o que lhes for de direito agora.
Eu vou sentar sobre meus pensamentos e também no chão.
Acenderei um cigarro, será que isso me acalma?
No lado oposto do meu obscuro desconheço o que você ilumina.
Não está longe, mas sim tão perto que me cega.
E agora envolvida no cheiro seco, de cravo ou sei lá, canela,
Eu tocaria uma música ou martelaria os dedos no aço estendido
Sobretudo, eu não sei mais distinguir entre o que soa bem e o que soa mal.
Portanto melhor é quando apenas sinto, e isto é tão quente que esfumaça,
Aqui presente em mais um trago.
Há dias que tento fazer coisas que qualquer um faria
Mas no entanto, faço o que apenas esforço
Em tentar esquecer quem deveria
Apagar de mim, empurrar contra o cinzeiro
Percebo apenas o deboche da tempestade
Que apaga o mundo lá fora quando chove
Ainda continuam acesos, você, o cigarro e a saudade.


KP

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