Wednesday, January 13, 2010

Chegar em casa e me desarmar.
Arriar a alma, o corpo, a fala.
Esperar o outro dia que não tarda a batalha.
A mesma guerra se trava.
E as portas se trancam, reservando apenas o meu estar.
Sair para o mundo desalmada.
Prender a respiração e pendurar o caração para depois.
Já não espera-se de mim mais nada
Que me dôo sem retorno
Visto-me para uma luta despida de conquista
Sinto enjôo dessa rotina
Revirando tudo o que sou
Atirando-me longe do que quero
Tirando logo o que preciso
Jogando-me fora, lar a dentro.
Nada me protege ou defende
Mas separa entre paredes
Tudo o que é meu do meu todo.
Espero as voltas que a vida dá
Meus dias amanhecerão outros.




KP

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