Tuesday, February 06, 2007

Gastronomia Linguística dos tempos modernos
Pois bem, eu não me importo mas eis uma realidade, que me remete a Millor, num tom crítico - cômico?
Ficar: Me ocorre um termo que caracterize essa nova prática como uma espécie de gastronomia linguística- Ah! Uma filosofia de vida.
Come-se línguas, come-se. Sem pudor, sem vergonha.
Muito nutritivo. Garantia por nove meses em alguns casos. Em outros nem garantia tem, acho que a digestão é rápida.
Essa tecnologia instintiva precoce... Eu não faço uso.
Ficar é abreviação de quê? Ficar com, ficar sem, ficar popular, ficar buchuda, ficar doente... Ficar aqui e acolá...Ficar. Eu fico besta.
Em alguns casos, eu fico de lado, fico olhando somente.
Ficar genericamente seria algo conclusivo, o que fica permanece, não?
Hoje, como tudo é invertido, contra-intuitivo... Ficar é algo que dura o suficiente pra terminar logo, ou nem começar.
Tem condições de ser simplista hoje em dia?
É muito normal não entender a si próprio, não conhecer, não reconhecer. Tem toda uma atmosfera conspirando a favor, e o pior! - Começa cedo.
Talvez eu tenha o direito de me sentir velha, a despeito da fisionomia. Ou demasiadamente madura, a despeito das criancices a quem me cabem por natureza. Por que eu não vivo isso, não que nunca aconteça, mas o grau de ocorrência se anula se os outros forem referência... Quase uma questão probabilística, se assim não for mesmo.
Mas bem, como eu já havia dito, não me importo com essa realidade. Nem por mim, nem pelos outros. Só observo o desgaste da juventude.
Deixa estar... Deixe ficar... Ainda que ninguém fique com ninguém, e ninguém fique sem ninguém- por fim, uma perspectiva boa do caso.
Kate Polladsky

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