Wednesday, May 28, 2008
Alguém me esqueça para voltar a se lembrar
E o fato é que alguém que me ama não me conhece
E se reconhece por favor diga
Pois de dia em dia eu passei despercebida por mim mesmo
E nisso pode ser que você já morasse dentro de mim.
KATE POLLADSKY
Tuesday, May 27, 2008
Compreendo como quase inútil é a companhia do estar só. Tão inútil quanto não estar só e ser refém da solidão de outrem. Por isso adormeço no começo daquela frase.
E em todos os dias de hoje, vivo muito e vivo pouco. Procuro assim lembrar-me da vida, como um gesto único de quem dá e recebe.
Como um tirano, mato o tempo e fujo da realidade; roubo o que se tem de valor e, o que não se tem, cria-se para que não seja em vão a própria natureza das coisas.
Além de tudo, como se tudo tivesse além, busco não me contrariar com o que vejo, pois o que sinto sequer se importa, e os olhos, que podem de fato cegar, como lâmina usada e acostumada com cortes e fragmentos, não sabem mais interpretar o sentido que dou pras coisas. Que vejam, que enxerguem. Qualquer coisa é perda, pois tudo já acabou, e isso é só questão tempo.
Caso não queiram ver isso também, apenas usem os olhos para acordar, o tempo há muito acabou.
E isso que cheira a vida é resto de poema, que soa tão belo porque estão em pedaços, palavras que se tropeçam enquanto tentam juntas chegar a algum lugar. A noção prática do coletivo, que somente quem se insere se lamenta, mas que se fossem um só, seria possivelmente eu mesmo, um. E só. Na periferia do contento, olhando tudo sem qualquer presença. Melhor esta ausência sem significado, ou continuar na experiência da decadência a quê todos chamam de...
KATE POLLADSKY
“Pesa-me, realmente me pesa, como uma condenação a conhecer, esta noção repentina da minha individualidade verdadeira, dessa que andou sempre viajando sonolentamente entre o que sente e o que vê”. Fernando Pessoa
I fear the future for further frames
Whenever it blows the wind from old days
Those days weren´t meant to age so fast
Now feelings fake the healing
Tired body moves on, still eyes face the ceiling
When am I supposed to be one
Where does it all leads to home
I don’t wanna know how much longer it will last
But I´m safe and I´m good at something
Just not enough to convince myself
That I´m getting there before my mind threats my heart
So patiently waiting, hopes borrowed my happiness
And then what, is this when we stop dreaming?
Don´t let me fade like the light before the thunder rises
I want to fight for freedom and not for prizes
It´s the price to pay
Someone who pays attention to the others
And feel like no one at all
But it has to change to a better place
Like a masterpiece taking place in the hall
It makes me face things closely
We all have the chance to shine
But we keep on trying to shine with ashes
Hoping it won´t get dark
God is growing bigger but is not getting stronger
It´s none of my business to wonder why
Just watch the crash
A round between the worst and the best
And to the ones who loses all
Let´s give it a fest
K.P
Monday, May 12, 2008
Um sentimento oportuno, um amor quase sempre noturno. Porque não esqueço o seu rosto até a hora do apagar das luzes e do desfecho do sono. Eu queria que você soubesse, queria que eu te dissesse e que você acreditasse, eu não tenho planos que não sejam bons o suficiente pra durarem e quem dera você se desse um pouco. Se desse, seria mais que sorte, seria conquistar o amor como terra de gigantes, e num dia comum não te ter ao meu lado, mas ao menos te ter comigo. Em um clímax de erro me deparei com você e não pensei que... Eu não acho que conseguiria sequer pensar na sua presença. Céus se dividiram e se repartiram em partes justas, todas viraram você. Viraram-se para mim ou contra mim, eu não sei. Só sei que te quero com um quase desespero, com imagens perfeitas a seu respeito e como um ciclo ou um ciclone você me arrasta e me renova, começo de novo a amar. E marcar meu coração em brasas.
Pessoinha de personalidade forte me arde a alma feito corte profundo e me sangra por dentro. Sei que quase fica turva minha vista quando te vejo mas que cegue de desejo, eu te quero aos poucos, de morte lenta vou vivendo.
Kate Polladsky
Saturday, May 10, 2008
The self:
I´m a manifestation of loneliness.
Not unhappy, nor completed.
Not a fill in the blanket, nor a share of blankets for life.
Iam just not found, or discovered, or not easy access.
Perhaps, easy target. But I don´t demand it consciously.
I prefer to be in between, and belong either to myself, and the genuine others. A p.s of illusion: Nothing is genuine anymore; only the struggle of it.
The inside life:
I´ve been thinking that this is a slow motion life, (If you look it from inside out of you and not the opposite, because from an outside view, life goes fast indeed), a life that I don´t complain about, but thanks for everyday. With the exception that there´re far too many days left for a change, and too much need of changing. The ones with fighter- spirits know, the ones of confort zones ignores and quit. I refuse to be the last one. But I don´t kill to be the first. To kill is not as harder as to be the first, therefore many people die trying to be the last.
The outside life:
Lately I´m a lot of fear and suspension. And a rather indignant person too. I´m less and less optimistic about the world, and If I once were, it´s because I´m always late to realise things in time: dark minds, souls, hearts. Whoever accept cruelty as neighbour, accepts reality, and has no fear of offering a cup of sugar for knowing what´s gonna be sweetened.
The ideal life:
Liberty. Because the liberty is the possibility.
And the possibility is the hope
The hope is the step forward
And that is living.
Kate Polladsky