Wednesday, January 07, 2009

Amou-a tanto.
Com todas as forças que tinha.
Amou-a contando com o silêncio em que cabia.
E amou seu universo inteiro:
Seus amigos, sua sombra, seus passos, seus arredores,
sua imagem.
Tanto faz como a amou.
Nem sabia de onde vinha tudo.
Mas no seu amor continha do mais nobre sentimento
Ao carnal desejo de se perder naquele sonho.
Sonho...
Amou-a tanto.
Como apenas em sonho pode fazê-lo.
Amou-a com dor, sim. E com zelo.
Para que não sofresse como sofria.
Para que não houvesse nenhum arranhão
E não se desgastasse entre os dias.
Amou-a tanto...
Tanto quanto podia.




Kate Polladsky

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