Sunday, March 22, 2009

Fecha os olhos. Vê o que eu vejo? Venta forte, e te falta o abraço. Segurando forte dentro de si isso tudo que o tempo vai rasgando, e pesando nos braços do seu coração. Mas ainda não te falei do quanto vale a vista lá do alto. Quando se mora sempre abaixo do que pode se tornar maior. Esse amor vai te engolindo e ao invés de te proteger e te mostrar pros olhos certos, apaga as luzes ao teu redor, esse amor não tem dó porque não é amor. Fecha os olhos e veja o que eu vejo. A quem quer enganar, se é o teu desejo que te engana. Assim não se faz primavera. A pessoa certa poderia ser ele, poderia ser ela. Mas neste momento a única pessoa certa, amando pessoas erradas, é você. Isso é o claro no escuro, não é preciso fachada. Mas só você não vê. Aconteça o que acontecer, não terá volta isso de abrir mão das suas idas. Saiba que quem quer que esteja te tomando, não te cuidará, não se importará tanto assim. Saiba que quem quer que nasça todos os dias mais forte no teu peito, não vai te completar, mas vai te faltar espaço pra crescer, e vai te faltar ar. Por que então querer fazer de tudo pra conservar o impossível? Lá fora possivelmente estão muitas pessoas que te farão diferença, e quebrarão a tua sentença auto-imposta. Supostamente a resposta, não é se fechar em torno de um único ser de luz duvidosa. Se esse único ser já te consumiu a luz de mil sóis. E então, não continua só? Somente inventando lembranças, ignorando os nós que não se cansam de amarrar seus pés a um caminho sem destino. Você vale mais, e não vale a pena tratar seus sentimentos como lenda. Não ainda, não ande pensando demais. Quem quer que esteja viciando os teus dias, não está se importando com a sua presença ou a sua ausência. Estar sempre lá não é bem a sua conquista. Basta saber que ainda que vente forte contra você, dá para abrir os olhos e ver que era só dar as costas e mudar a rota. Agora te empurra pra frente o que te paralisava. Se finalmente vir o que eu vejo, abraça. E segura forte dentro de você.

Kate Polladsky.

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