Monday, December 03, 2007

E então lhe devo espaço, e todo o aparato de certo amor raso e recente

Lhe devo parte dos meus erros, da minha estadia cansada e bem vinda quase quase viva por aqui

Lhe devo explicações talvez, quase nenhuma pois quase nada tenho a dizer

Exceto talvez,não sei mas, desculpa? Ou obrigado? Ou bem... eu sempre achei que você soubera o que eu quis dizer então me calo.

Por hora, de quem foi o último beijo? Eu o quero de volta, não importa a origem, tenha este sido algo meu, ainda se você o dera.

Depois, digo outrora, pois faço mais difícil te explicar, eu quero te escrever umas últimas linhas, umas ultimas palavras, tais como estas.

Por que eu não consigo por fim, nem a coisas fúteis, como palavras que você apenas consegue por fim. Por isso lhes dou espaço, e todo o aparato que lhes for preciso para que jogue fora o que lhe devo, e assim me retroceda a que mereço, sei que não é justo o que quer que me dê, mas a minha própria injustiça falha diante das suas e me calo porque eu morro perto de ti, e falo na distância, eu não me permito ir...

Amanhã quando acordar, eu sem você, sem mim também já vos digo, fui feliz por um instante de um secundo em vida depois que morri de amores e de meu próprio tráfego de dores, que lhes causa tanto bem, eu sei.

Kate Polladsky

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