Isolar-me para que não se transforme em vírus a minha dor de mim mesmo. Criar uma barreira ante as adversidades, antes da verdade se mostrar adiante. De hoje, de antes. Pouco mudou. Apenas me poupo mais, bem menos do que sou capaz, mas meu rapaz não vai voltar. Nem vou voltar atrás. Como arraso cíclico, como sempre fiz.
O que é meu não é mais. O que não é, tanto faz. E o que poderia ser perdeu-se de si.
Por que é tão profundo o abismo entre o que quero e o que sonho? Por que simplesmente não acontece no escuro? Algo sempre tem que deixar de ser visto.
Revivo vários pedaços que não se juntam e nada são.
Reintegro-me como que por lazer, para ter algo a desfazer, cedo ou tarde. Um corte que arde.
Então cessa, mas nunca se fecha, não me dispensa de haver. A ver ninguém que por perto esteja, e que por certo seja bem mais do que a soma de mim.
Kate Polladsky
Wednesday, July 02, 2008
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment