Thursday, July 31, 2008

E fui fechando os olhos pra esquecer
Quem parte nunca sabe o que parte e o que fica
Nada resta e, sobretudo nada teve.
Por que fechar a porta aberta?
Por qual brecha foge o tempo?
Por que flechas não erraram seu destino?
E me acertaram em cheio
Agora eu quero o copo meio vazio
E o quarto, não me importa se está frio.
Esmolas de amor não me completam
Melhor estar sozinha e pelo meio
Estou aprendendo a me entender
Aprendendo a guardar memórias
E não aguardá-las
Não porque quero, nem porque preciso.
Mas porque não me vejo reduzida a escória
Ao desamor me apego
E ao amor me apago
Diante disso não me cego
Não me deixo, não me salvo.
E fui fechando os olhos pra esquecer
Até que eu não tinha tanto pra perder
Não somo muita coisa sem você
Diante disso não lhe deixo
Não tão cedo
Ou não me salvo
Em tom de desrespeito
Um abando próprio
Atiro no que sou, eu sou o meu alvo
Uma inconstância se exprime
Tudo que me faz se deprime e
Nada no fim se desfaz
Ou se conduz à luz
Ou se deduz que é amor
Nem meu e nem seu, amor.



KP

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