Sunday, July 19, 2009

Foi uma distração.
A minha vontade era de sumir.
Isto é chão onde piso agora?
Não me perco de mim a toda hora.
Mas por aquela porta eu não entrarei mais.
Meus pensamentos permutam.
Entre pesares e pelo menos.
Mas há pesadelos que nenhuma diferença faz.
Eu sei quem eu sou e só quero estar em paz
Amanhã verei o sol nascer
E essa mesma luz deixará tão nítido
O quanto dei de mim, o quanto me custou
Momentos não pagam o sossego
Mas uma vida toda de correções
De rumos e raríssimos mimos
Sei que mereço as coisas boas e verdadeiras
Máscaras só para os carnavais
Prêmios e recompensas da vida
Eles me chegam tímidos demais
Me olham, me encaram e duvidam ainda
Vou construíndo enquanto me destruíndo
E vivendo da arte que isso me traz.



Kate Polladsky

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