Tuesday, July 07, 2009

Tudo parte do princípio de que eu te amo.
Ainda que eu seja alguém sem princípios.
Especialmente para com o amor.
Gosto dele quando desfalece dentro de mim
Sem que eu perceba quando se esvai
E toda química que me tomava
Já não era ácida, não me corroía
Não me acidentava, a queda constante
Os cortes em pedaços do coração
No meu peito lavado, que outrora
Sofria o desgraçado.
Agora, balelea.
Eu te amo, mas não acredito nisso.
O amor me assiste feito novela
Choro lágrimas de crocodilo por ela.
Eu estou testando a minha resistência
A duras penas, pelas coisas que penso
E eu sei que penso só. É tenso.
Mas quero me conter, quero rédeas
Você é minha tragédia
E sou a sua comédia
Rirei da dor shakespeareana
Regra nenhuma cede
Sede vós a minha sede!
Que eu bebo, engasgo
E tomo o ar nos pulmões novamente
Até que eu volte a me saciar contente
Com outro amor, outra liberdade disfarçada
Ah eu me sinto livre por te amar!
Mas tudo me prende a você!
É farça, de uma força enorme
Que a gente aguenta, tenta
E toma na cara.
Até a próxima, meu bem
Quando a gente se apaixonar
E eu me arrepender
Vai ser bom enquanto não doer
É que até então você ainda é meu vício
Anestesia tudo, rio do mundo
E não sinto pena de mim.
Sinto apenas quando o efeito passa
E você me pesa, me sufoca, me ataca
Até que eu morra de graça
Que ódio! Que nada...
Vai passar. Eu já amei novamente
Mas não amei diferente ainda
Será que há outra maneira? Será?
Se tudo parte do mesmo princípio
Que o amor cega, e paralisa a mente
É biologicamente inviável, mas é reversível
Eu não tiro a razão do amor
Mas o amor sim, tira a nossa razão
Prova de que o amor não é justo
Mas é justamente isso!
Eu assim como o amor,
Sou alguém sem princípios.



Kate Polladsky


1 comment:

luá virgínia said...

foda *-* amei teu nome Kate Polladsky.. parece nome de atriz americana JSIJASJJAIO