Sunday, April 06, 2008

Quando ela escreve, eu sei o que é.
Um por quê sem questionamento
Aceito cada verso que não se torna mais nada
Como se ela soubesse do seu feito
Joga qualquer subproduto e desbota meu muro
Meu mundo é tão pequeno
Por onde eu entro se quiser seu lar?
Lá onde você mora, sou eu
Sou eu qualquer lugar? Põe no seu, porque no meu está.
Destino falho, me freie aos poucos
Mas não me subestime
Não evolua a minha dor
Não a dilua em amor
Uma evolução contrária, devolução.
Algo que você não quis
Talvez a mousse de cacís
Que parecia ter gosto algum
Mas então ela escreve
Eu, minhas mortes e vidas
Algumas noites de alguns dias
Alguma coisa que me lembra você
Eu sei o que é
Escreve...



Kate Polladsky

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