Thursday, March 02, 2006

Eu estou perdida, uma falta de caminho, ou este pouco esclarecido,
talvez de tanto estar na cara. Ironia lógica.
Sensação de falta de identidade.
Eca, meu deus, é quase um prognóstico, coisa doentia, espero que se vá.
Tudo me parece escuro, meu humor é e não é alguma coisa.
Um éter qualquer que se esvai, uma fortaleza qualquer que se constrói.
Um meio termo qualquer desse qualquer coisa que nem deve ser.
Hoje sou uma via de mão dupla, que sente falta de mais mãos para seguir
que sente-se de mãos atadas.
Eu não sei o que sentir, não sei dizer o que sinto.
Busco desesperadamente alguma definição pra não me sentir... assim, como estou.
E não dá pra escrever, não posso fazer tudo nessa vida.
Vamos lá... Precisa saber o que é a vida? Tem dias em que eu preciso sim.
Não sei porquê, apenas acho que preciso.

Um surto.
Quero companhia.
Também quero explicações, quero algo simples que não precise de explicações, nem que precise eu explicar-me.
Satisfação. Praticamente uma pedra rolante.
Nada vem de quê? Porque o nada como desculpa/explicação me preenche um vazio danado.
Talvez. Como um amigo.
Com certeza talvez, a filosofia do meu dia sem som noturno.

Eu me ameaço dormir, me dopo em sono e não digo a verdade que na verdade é: Eu queria dizer que estou sofrendo um processo de insônia. Não tenho pra quem dizer, e aos pouco soa doentio. Mas eu quero não ter que dar explicações.
Então, esvaio. Eu-éter, já não mais aqui.
Mas com certeza talvez sempre estarei no mesmo canto.
Isto não é uma perspectiva.
Um fim, de surto.
Kate Polladsky

No comments: