Wednesday, March 08, 2006

Um velho texto...Para um velho eu que se extende.
Eu aprendo com os textos, e continuo errando, para escrever mais.
Eu amo minha dor porque ela não é doentia, tira e dá.
Talvez um saldo nulo, mas não é nada (vazio), e eu tenho muito.

Finalmente, depois disto, o texto... E por fim, os confins.

Distraio-me e vou.


Tenho tido pesadelos, tenho sonhado demais.
Não tenho você, não mais.
Tenho saudades de uns,e na verdade de outros, falta.
Tenho ficado sozinha, tenho falado besteira.
tenho sorte as vezes,tenho tido raiva,
tenho pensado em você, tenho sofrido por isso
Tenho andado perdida, tenho sequer saído
Tenho o lamento ainda, tenho procurado saída
Tenho o que poucos tem, não tenho o que queria
tenho pensado, tenho chorado,
Tenho a minha verdade, tem sido difícil
Tenho as mãos vazias e o coração apertado
Tenho quisto o amor de novo, mas tenho deixado
Tenho ficado acordada, tenho medo
tenho precisado de companhia, tenho os retratos
tenho os dias, tenho a noite ainda, ainda é cedo
Tenho fantasias, tenho a realidade fria,
tenho me arrependido daquilo,tenho andado esquisita
tenho tempo, tenho esperado, tenha dó
E tudo o que eu tenho agora, é a vontade de não estar só.
Kate Polladsky

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