Queria eu saber como te tocar, como me trocar por ti, um minuto somente.
Queria eu adivinhar seus pensamentos meus, por mim. E se talvez eu tivesse a chance de saber o que eu nem queria tanto entender, já até me arrependo... Mas certas coisas queria que você soubesse, especialmente as que soubesse sem que eu diga, mas que me dissesse o que pensa. Queria não me desgastar tanto, sem precisão. Precisamente quando você é a tentativa mais óbvia que faço. A mais simples, a menos ganha.
Queria mesmo era saber o que fazer, pra não desfazer nada do que fiz. Que foi um passo certo, que não foi certeza alguma. Mas me conforta por algum motivo. Queria saber qual é a minha porta de entrada, já que espero na saída o tempo todo. E o medo de não conseguir ir embora, ficar apenas eu e os espaços vazios, os meus de dentro. E o de fora. Queria que fosse verdade as mentiras que eu passei a acreditar porque desisti aos poucos do quanto te queria. E se me pareceu errado essa verdade, é porque na verdade, ela que não me queria. Não quero mais que a vontade. É a minha grade, de todos os dias. E parece que me aquece, só de pensar. Queria eu saber como não querer, e que isso fosse despreocupante. Que seja, por fim. Que não seja um fim, mas me faria feliz que fosse ao menos um instante.
Kate Polladsky
Tuesday, October 21, 2008
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