Thursday, October 23, 2008

Já não sei...
Quem será que me segue?
Sem sossego nem sacrifício.
Somente o quente vício de você.
Já não hei, com que coragem te vivi?
Perdi teu beijo que tanto quis, ou irei.
Hoje sei que sou nada pra ti.
Amanhã o quê serei?
Já não sei...
Se me sobram pedaços.
Se me restam passos.
Passarei despercebida assim?
Por mim...
Pode ser que termine aqui, haveria um fim no enfim?
Filtrando-te do amor, que mora dentro de mim.
Já não sei... Sempre separo o possível do absurdo
Possivelmente apagarei as luzes
Pra ver a luz que incide
Se é você que chega, se as chaves abrem
Se os teus espaços de fato me cabem
Bem, você foi o impraticável. E, portanto...
O que há demais nos elogios práticos
Que fugiram da minha boca?
Já não sei, se queria saber...
Minha curiosidade resiste
E perde pro que mais persiste ao viver
Agora, desiste...
Ao mesmo tempo em que quebra sua lei
Se contradiz, se desfaz e se perdura
Se for verdade, já não sei...
Menti pela saudade, pela passagem mal marcada.
Da dor de querer, um quê de ti na dor, que não me dói.
Só mesmo enfeita a dó, que você tem por mim.
E se dá um pouquinho, pra mim que já se deu.
Já não sei... Quantas vezes errei e me arrependi.
Mas não te disse ou irei. Sei que o teu sol a pino
Percebeu as sombras que deixei
Não são caminhos com cascalhos.
Às vezes é você, a maior pista do que sou.
Se tudo o que vou, vou por você.
Não vou me perguntar sobre tudo
Ainda assim duvidará do meu talvez
Minha sabedoria é um tanto burra.
Pra você saber... Que já não sei.



Kate Polaldsky

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