Sunday, November 23, 2008

Amou Fernanda, que anda sem saber o porquê ainda. Acha que lamenta o sentimento, tanto quanto o lamento. Ah, sinceramente. Confunde-se em si. Tem dona e tem direção, o coração do moço, mas rumo não tem. Sentido também não. Olhou Fernanda como se houvesse apenas sul, no cruzeiro todo. E lá se perdeu um instante. Isso é, para sempre. No tempo cronológico do seu coração. Quem se importa? Não sabe mesmo lidar com tudo. Será que a perde? Agora que Fernanda acha tantas coisas. Talvez ache o moço que se joga bem no meio do caminho. Ou talvez, passe despercebida, encabulada e de saída. Um maço já foi. Dois, ou três ou mais. Não fuma. Na verdade é pela companhia de não queimar só. Por dentro, que é pior. A dor é invisível e não deixa rastro. Mas registra. Marca. Fica. Ao se dar por vencido, permanece. E jaz. [Disse pra si mesmo:] Fernanda! Sabia que enquanto morro te amo mais? Mas se eu vivesse; juro que não seria capaz. Porque dói muito te amar, Fernanda. Assim sem um por que. Apenas porque vivo, sabe.






[Kate Polladsky]

1 comment:

Carla P.S. said...

Sei...
Ah, sei.
Bjos