Saturday, September 06, 2008

17/07/87

Às sete ela dormia em oito.
Desde os sete, seta nenhuma a orientava.
“Oi, tô pouco me importando” com os teus anos.
“Sou do ano de julho”, eu juro.
Sentia-se sempre centrada nas beiras.
E beirava o centro de tudo por isso.
Sete, não era de Setembro.
Era dos dias da semana e era de quem amava.
Era ímpar e era boba.
Mas não dava bobeira tão fácil, com os outros números.
Somava mesmo. E difícil era quem a dividisse.
Como um dezessete.
Como dizem as clavas em oitavas.
E os cânceres de oitenta e sete.



KP



[... Para o chocolate dos dias de caos].

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