Sunday, September 07, 2008

Queixo e mãos

Depois não sei mais para onde olhar
Pra tua imponência ou pro teu descanso
Pros movimentos que não alcanço
Mas dá gosto ver passar
Aquilo que se divide
Pares em queixo, em lábios
Pares que parecem nunca desejar
Ficarem a sós com os dedos
Passeio perante e por onde nunca pensei
Sem que parasse por distração
Ou procurasse permanecer
Depois não sei como se conheceram
Como irmãos
Junto então o corpo
Dos meus olhos parênteses
Como se tocassem e morassem
No teu queixo e mãos.



Kate Polladsky

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