Wednesday, September 24, 2008

Meu deus, e como ama.
Como duvida, como cansa quebrar a cara.
Queira ou não queira, possa ou não possa.
Se empoça fundo, cada dorzinha de sentimento que gela.
Alguém há de chegar, vai condensar e fazer chover tudo em alegria.
E vai dançar na chuva, e vai cantar na chuva. Todo dia.
Meu deus, e como espera.
Sem assentos para o cansaço. Apenas espera que sim.
Que tudo aconteça como imagina, na cabeça dela nada fica.
Fica lá fingindo estadia. Sabe ser sem estar.
Se concentra em nada. Só o centro de tudo.
Nada mais em que pensar. E pensa? Tanto, que pesa muito.
Quase pega, sente nas mãos. Se conseguisse, abraçaria para sempre.
E nunca mais dormiria só. Quase não haveria sol, tanto que choveria sua alegria.
Haveria ouro maior no final do arco-íris? Sol e chuva, sol e chuva. Tudo se ilumina agora, hein menina?
Mas como seria? Será que será?
E o seu coração bate tanto assim por quem? Batem á sua porta de madrugada?
A fecham sempre que abre? Empenou a fechadura? Quem sabe.
Bate palmas pra si mesma, menina. Você merece mais do que um teatro.
Merece todo o palco, e as cortinas se abrindo. Cor vermelho sangue. Esse que alimenta todo esse amor por quem te queira.
Meu deus, quem quer saber como ama?
De todo jeito ama. É o jeito, ama.
E como. É quase um quero-quero.
Não te querem menina? Eu quero.




Kate Polladsky

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