Saturday, September 13, 2008

Vestido de Costa Nua

Ficar entre os calos dos seus dedos de arranhar-céus
Caminhar trôpego e indecente entre teus móveis
Pés, braços e mãos
Cair junto a noite, nos teus cabelos de colchão
Subir teus andares, abrir suas portas
Atravessar tua ponte de corpo
E tuas partes onde tudo continua
Desatar as atas, descansar os atos
Sem que permita o esfriar da rua
Amarrotar os lados e permanecer o cheiro
No teu vestido de costa nua


KP

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